Educação Ambiental: dados irão para rede federal
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Fonte: Portal da Prefeitura
Autor: Monica Monteiro

O Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Seplama (Secretaria de Planejamemto, Desenvolvimento e Meio Ambiente) receberá, até o final do mês, as respostas a um abrangente questionário sobre as iniciativas em Educação Ambiental existentes em Campinas. O material foi encaminhado para universidades, centros de pesquisa, escolas, entidades não governamentais e organizações ambientalistas explicando que as informações subsidiarão a definição de políticas públicas para o setor.

As respostas comporão um acervo municipal que será incorporado aos bancos de dados da Rede Paulista de Educação Ambiental (REPEA), Rede Brasileira de Educação Ambiental (REBEA) e Sistema Brasileiro de Informações sobre Educação Ambiental (SIBEA). A íntegra do questionário e outras informações sobre o projeto podem ser encontradas no endereço http://www.campinas.sp.gov.br/seplama/dma/dmaedambmap.

O material enviado pelo DMA afirma que o mapeamento é o primeiro passo para formar uma rede de comunicação entre pessoas e instituições. Ao final do trabalho, as informações serão disponibilizadas e os participantes receberão convite para um seminário, previsto para acontecer em abril do ano que vem, que sedimentará o intercâmbio entre as ações.

A diretora do Departamento de Meio Ambiente, Mayla Porto, avalia que "as iniciativas voltadas à Educação Ambiental em Campinas, atualmente, não têm conseguido responder às necessidades de um trabalho mais atuante, integrado e dinâmico". "O que constatamos - prossegue a diretora - são ações que acontecem, muitas vezes, isoladas e de forma desconexa".

Por isso, Mayla acredita no levantamento como meio de promover a articulação e o diálogo dos envolvidos com a Educação Ambiental, de modo a potencializar as atividades existentes ou implantar novas propostas em torno de objetivos comuns. Ao justificar a iniciativa do DMA, ela declara que "o poder público tem o papel de ser o principal educador, possibilitando processos e estruturas para o desenvolvimento de uma sociedade mais participativa e atuante nas tomadas de decisões, com ações e construção de políticas públicas conforme as necessidades da sociedade dentro de uma visão sustentável".

Metodologia

Para obter todos os dados desejados, o DMA traçou um plano de trabalho que começou com o envio de ofício a todas as instâncias da Prefeitura, escolas públicas e particulares, ONGs, instituições e comunidades. Foram solicitadas informações sobre possíveis projetos, programas e ações relacionados à questão sócio-ambiental existentes em Campinas.

A Prefeitura solicitou que os órgãos que dispõem de projetos na área foram respondessem ao questionário, que visa levantar os responsáveis pelos projetos de Educação Ambiental (Instituição, empresa ou pessoa), a formação dos participantres, a área de atuação e o público-alvo. Também foram pedidas informações sobre o grau de articulação, áreas temáticas de atuação, procedência dos recursos para o financiamento das ações e perfil dos projetos.

Uma vez recebidos, os dados serão analisados estaticamente e formarão um quadro geral, além de compor o banco de dados, através de Sistema de Informação Geográfica. Possibilitarão, ainda, o levantamento dos espaços públicos potenciais para o desenvolvimento dos programas.

Após divulgação das respostas, será realizado o seminário para apresentação dos programas e diálogo para definição de diretrizes e de políticas públicas. Em seguida haverá a exportação para os bancos de dados das redes de educação ambiental através do contato com as redes.

Continuidade

João Batista Giacomello Siqueira e Ângela Cruz Guirao, os técnicos do Meio Ambiente da Prefeitura encarregados da coordenação do levantamento, disseram que o projeto não termina no seminário. Eles prevêem a continuidade do trabalho, em acordo com a legislação federal que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental - lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, e decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002.

Como etapas dessa continuidade, os servidores apontam

- acompanhar os desdobramentos dos programas zelando pela coerência entre os princípios da educação ambiental e a implementação das ações pelas instituições públicas responsáveis.

- estimular a cultura de redes de educação ambiental, valorizando essa forma de organização.

- promover e apoiar a produção e a disseminação de materiais didático-pedagógicos e instrucionais.

- analisar, monitorar e avaliar os programas e projetos de educação ambiental, por intermédio da construção de indicadores

- apoiar a construção e a divulgação de indicadores que subsidiem a avaliação dos resultados esperados no âmbito da Política e do Programa Nacional de Educação Ambiental - Indicar critérios e metodologias qualitativas e quantitativas para a avaliação de programas e projetos de Educação Ambiental;

- levantar, sistematizar e divulgar as fontes de financiamento disponíveis no País para a realização de programas e projetos de educação ambiental;

- definir critérios considerando, inclusive, indicadores de sustentabilidade, para o apoio institucional e alocação de recursos a projetos da área não-formal;

- assegurar que sejam contemplados como objetivos do acompanhamento e avaliação das iniciativas em Educação Ambiental: a) a orientação e consolidação de projetos; b) o incentivo e multiplicação dos projetos bem-sucedidos; e c) a compatibilização com os objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental.