Campinas: Seplama estuda cidades vizinhas
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Fonte: Portal da Prefeitura
Autor: Monica Monteiro

Uma das preocupações expressas no Plano Diretor de Campinas que está, agora, sendo contemplada na elaboração dos Planos Locais de Gestão (PLG) para as Macrozonas é a harmonização das ações do município com aquelas preconizadas pelas cidades que fazem limite com o território campineiro. Para atingir esse objetivo, os técnicos da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Campinas (Seplama) estão atentos para que o planejamento do município não entre em conflito com o previsto para acontecer nas cidades vizinhas.

"Temos que pensar que Campinas é afetada pelo que acontece ao redor, da mesma forma que as decisões tomadas na nossa cidade também ecoam nos nossos vizinhos", avalia o secretário Vicente Andreu Guillo. Ele explica que o trabalho do Planejamento leva em conta toda a região mas, principalmente, as áreas limítrofes do município.

Atualmente, a Seplama está coordenando a elaboração do PLG da Macrozona 5, região que compreende os bairros do Ouro Verde e do Campo Grande, e que faz divisa com os municípios de Hortolândia e Monte-Mor. Por isso, a equipe da Secretaria está especialmente atenta às diretrizes que estão sendo implantadas nessas duas cidades que, por sua vez, também procuram se articular com Campinas para evitar dificuldades no desenvolvimento futuro dos municípios.

Visita a Hortolândia

Como parte da estratégia para procurar harmonizar o desenvolvimento de Campinas com as ações previstas por seus vizinhos, os técnicos da Secretaria visitaram Hortolândia e também entraram em contato com Monte-Mor.

Estiveram em Hortolândia a arquiteta Rosana Bernardo, da equipe de coordenação dos PLG de Campinas, a arquiteta Daniela Ghilardi, do Departamento de Planejamento da Seplamaa e a advogada do Departamento de Meio Ambiente, Andrea Struchel.

A equipe foi recebida pelo arquiteto Eduardo da Silva Amorim, coordenador de Planejamento de Hortolândia. Ele informou que o Plano Diretor daquele município já foi concluído e deve seguir para a Câmara Municipal ainda este mês.

Rosana Bernardo destacou a conurbação de Campinas com Hortolândia: "chega a existir confusão entre o que pertence a um município e o que faz parte de outro. Inclusive, existem alguns assentamentos urbanos que têm parte em Campinas e parte em Hortolândia".

Entre esses bairros (que ficam na zona limítrofe), Rosana cita o Jardim Amanda, Jardim Isabel e Jardim Rosolém. Ela explicou que a proximidade causa, inclusive, confusão e dificuldade no registro dos lotes por parte dos proprietários.

Pólo industrial

O Plano Diretor mostra que Hortolândia optou por consolidar sua vocação industrial e de prestação de serviços, incentivando a consolidação das indústrias já existentes e a instalação de novos projetos, inclusive na região que faz limite com Campinas.

"Eles já têm empresas como a IBM, Sigma-Farma e Wichbold e estão esperando outras", contou Rosana, para quem essa informação é importante porque dará a Campinas a oportunidade de pensar em medidas que minimizem eventuais efeitos nocivos da proximidade do parque industrial da cidade vizinha.

As técnicas também notaram que existem preocupações em comum entre Hortolândia e Campinas, como o cuidado com as bacias hidrográficas e a previsão de construção de parques lineares, e da intensificação da arborização urbana. "Também existe a proposta de cuidar, conjuntamente com Campinas e outras cidades próximas, de algumas questões mais complexas, como a destinação do lixo", afirmou a arquiteta.

O próximo passo é transferir para o PLG da Macrozona 5 as reflexões sobre os dados fornecidos por Hortolândia, junto com as medidas adequadas. Em relação a Monte-Mor, o Plano Diretor da cidade, já aprovado, foi fornecido à Prefeitura de Campinas pela Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas). Os dados do documento estão sendo analisados e uma visita será agendada para os próximos dias.