População participa do seminário da Macrozona 5
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Fonte: Portal da Prefeitura
Autor: Monica Monteiro

O interesse e a participação de lideranças comunitárias e o consenso de que é preciso pensar no futuro sem esquecer carências antigas que ainda dificultam a vida dos bairros da região foram destaque da primeira etapa do Seminário do Plano de Gestão Local (PLG) da Macrozona 5, realizado no último sábado, dia 1º de setembro. Agora, os representantes dos diversos bairros vão levar para os moradores as informações recebidas nas palestras e debates, e organizar grupos locais de debates.

O objetivo será preparar as discussões marcadas para os próximos dias 15 e 29, que acontecerão respectivamente nas regiões do Ouro Verde e do Campo Grande que, juntas, formam a Macrozona 5. Essas reuniões completarão o seminário e possibilitarão fechar as propostas para o Plano, que posteriormente será transformado em projeto de lei e submetido à Câmara Municipal.

No dia 15, a reunião será realizada na rua Dez, 124, no Jardim Cristina, onde funciona a Administração Regional 12, e no dia 29, na rua Natele Bertucci, 128, no Parque Valença, sede da AR 13. Nos dois dias, ambos sábados, as discussões irão das 9h às 17h, abertas a todos os interessados.

Capacitação

Concebido para ser um encontro predominantemente de capacitação, a reunião do dia 1º foi dividido em duas partes. Durante a manhã, os técnicos da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente resumiram o Plano Diretor, aprovado no final do ano passado, explicando conceitos urbanísticos e os novos instrumentos disponibilizados pelo Estatuto da Cidade.

O período da tarde foi dedicado à apresentação de dados, mapas e levantamentos resultantes das leituras técnicas da Macrozona 5 feitas pelos órgãos municipais. Aspectos como traçado viário, vazios urbanos, meio ambiente, localização de equipamentos públicos, regularização fundiária e transporte foram detalhados e debatidos.

Também foi enfatizado o caráter participativo adotado tanto para a elaboração do Plano Diretor como para a preparação dos Plano Locais de Gestão. O próprio seminário foi colocado como uma etapa importante para que a participação aconteça, uma vez que as explicações sobre termos técnicos e sobre a metodologia para o encaminhamento de propostas foi um dos itens abordados.

Também constou da pauta do seminário a explicação do que são e qual o objetivo dos Planos Locais de Gestão. Os participantes ouviram que, enquanto o Plano Diretor tratou das diretrizes gerais para o desenvolvimento da cidade, os Planos Locais darão oportunidade para a colocação de demandas específicas das diversas regiões. Cada uma das nove Macrozonas que compõem o município terá seu próprio Plano, a começar da MZ 5.

Os participantes fizeram perguntas e colocaram situações específicas de seus bairros, recebendo explicações e respostas do Secretário de Planejamento, Vicente Andreu Guillo, e de sua equipe, com base nas informações levantadas. O Secretário também destacou que, especialmente na MZ 5, será necessário "pensar o futuro sem tirar a lanterna da popa, ou seja, olhando também o passado, quando se constituíram situações como as dos bairros sem regularização, que se refletem negativamente até hoje".

Depoimentos dos participantes

Para o presidente do Coregran, Isaac Martins, o seminário foi muito satisfatório e enriquecedor. "Pudemos ter uma visão do que será discutido daqui para a frente. Mas não adianta ter pressa, precisamos pensar com calma para planejar o futuro da região. E eu acho que precisamos discutir mais a parte rural da Macrozona 5, que gera emprego e renda", afirmou.

A coordenadora do Orçamento Participativo, Isabel Silva Barbosa, também elogiou a iniciativa. "O seminário é importante para construir o processo participativo, para permitir a construção do planejamento da cidade da forma mais democrática possível porque, se a cidade é de todos, tem de ser de todos mesmo. E aqui estamos recebendo informação, e informação é poder: quem sabe conduz, quem não sabe vai a reboque", disse ela.

"Para mim, o seminário está favorecendo demais, porque eu não tenho conhecimento de tudo, estou aqui para abrir minha visão e poder participar mais. Aquela região é muito largada, esquecida, com muita coisa por fazer, e também quero colocar as necessidades da região e suas deficiências", completou Orides Martins Assis, morador há 21 anos do Jardim Florence II, região do Campo Grande.