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Medida garantirá que Campinas cresça de forma ordenada nos próximos 20 anos
Fábio Gallacci
DA AGÊNCIA ANHANGÜERA
Visualizar uma Campinas do futuro e estabelecer as mudanças necessárias, que precisam ser adotadas a partir de agora, para que a cidade cresça de forma ordenada nos próximos 20 anos. É com este objetivo que a Prefeitura realizou no final da tarde de ontem a abertura oficial da revisão do Plano Diretor, com uma cerimônia no Centro de Convivência Cultural (CCC). Mais do que um documento que disciplina o ordenamento urbano e propõe alterações estruturais em diversos pontos, o Plano Diretor também é a oportunidade para que a própria população dê sugestões e aponte qual a direção que deseja para o local onde vive.
“Estamos analisando como Campinas se desenvolveu nos últimos dez anos e, a partir disso, reunindo propostas para o seu novo rumo daqui em diante. Com a reunião destas análises, teremos um diagnóstico que levará a ações futuras práticas. O Plano Diretor pode ser dividido em seis pontos: físico, territorial, ambiental, econômico, financeiro e social”, explica Márcio Barbado, secretário municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e presidente da Comissão Técnica de Revisão do Plano Diretor (CTRPD).
Todo o trabalho engloba a readequação da região central e a revitalização do seu entorno, a ampliação organizada e definitiva do Aeroporto Internacional de Viracopos, incentivo e investimentos no Pólo Científico e Tecnológico, o mapeamento de áreas de preservação ambiental e a identificação de áreas para o comércio, serviço, indústria e habitação. O conjunto de estudos ainda aborda temas como transporte, parques temáticos, zonas rurais, vazios urbanos e conurbação (área urbana surgida do encontro ou junção de duas ou mais cidades), detalhe importante quando se trata da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
“Ainda existe o projeto de criar uma praça cívica no lugar da malha ferroviária que separa hoje o Centro da Vila Industrial. A idéia é fazer com que os trilhos passem pelo subterrâneo daquela área”, comentou Barbado.
O secretário ainda lembra que existe um plano de fechar o quadrilátero formado pelas ruas General Osório e Barão de Jaguara e as avenidas Francisco Glicério e Moraes Sales para fazer daquele espaço o “berço” da Campinas das próximas décadas. Toda a área seria derrubada, preservando apenas os prédios históricos tombados. Tudo isso para dar lugar a uma imensa praça, estacionamentos subterrâneos e duas torres comerciais semelhantes as que já existem em países asiáticos, como Cingapura e Taiwan. As duas estruturas serviriam ao comércio em geral e a escritórios. “Elas também poderiam abrigar moradias”, completou o secretário de Planejamento.
Um dos exemplos que podem ser seguidos pela Administração campineira é o de Beirute, capital do Líbano, que foi completamente remodelada nos anos 90 depois de anos de guerra e destruição.
Indicadores
A solenidade de ontem no CCC ainda serviu para que fosse discutido o Plano Integrado de Desenvolvimento Sustentável “Campinas 20/20”, projeto do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), e anunciado o lançamento dos Indicadores Econômicos do Município, que é uma publicação organizada pela Prefeitura — com a colaboração da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e a Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas (Ciatec) — para orientar e atrair novos investimentos para a cidade.
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