Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DEVEM SER
MANTIDAS
• A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta segunda-feira, 28 de setembro, que,
embora tenha sido verificada redução no
número de casos confirmados de síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) em Campinas,
ou simplesmente casos graves, causados pela
Influenza A (H1N1), a transmissão do novo
vírus A (H1N1) e os casos graves provocados
por ele continuam a ocorrer e esta situação
deve se manter até a próxima onda pandêmica
no Hemisfério Sul, no ano que vem. Portanto,
é necessário que as equipes de saúde
prossigam atentas e que os cuidados em
relação às medidas de prevenção sejam
mantidos. A Vigilância em Saúde lembra,
ainda, que o protocolo que indica tratamento
para casos graves, e mesmo para os que não
exijam internação, mas que possuem fator de
risco, deve ser seguido.
• A Secretaria de Saúde informa ainda o
registro de
1
NOVO ÓBITO de infecção
pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de
Campinas. Trata-se de um homem de 37 anos
que possuía fator de risco (comorbidade).
Ele recebeu assistência médica em um
hospital da rede pública municipal. O
acréscimo deste novo óbito em relação ao
último boletim (divulgado em 21 de setembro)
NÃO
SE REFERE A CASO NOVO DE PESSOA QUE MORREU
ENTRE OS DIAS 21 E 28 DE SETEMBRO,
mas a caso que foi registrado neste período.
• Com o número de casos acumulados da
doença, a Secretaria de Saúde de Campinas
registra nesta data
193
CASOS CONFIRMADOS LABORATORIALMENTE
de Influenza A H1N1 no município. Entre
estes casos, estão confirmadas
15 MORTES – já incluído o óbito acima -,
sendo nove mulheres e seis homens. Do total
de casos – dos 193 -, 13 referiam-se a
gestantes, sendo que uma delas evoluiu para
óbito. Tratava-se de uma grávida de gêmeos.
Os bebês sobreviveram.
• A Secretaria de Saúde comunica também que,
até o momento, estão confirmados 7 surtos
pela doença no município.
• Do total de casos, a faixa etária mais
acometida continua sendo a de 20 anos a 49
anos, com 63% das ocorrências. Na faixa
etária de 15 a 19 anos, estão confirmados 25
casos. Entre 50 e 59, 14. Também há 10 casos
em menores de 1 ano. Quanto ao sexo, as
mulheres representam a maioria, com 113
casos ou 58,5% dos registros.
• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e
Vigilância Epidemiológica da Influenza, de
15 de julho, baseado em recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não está
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país.
Portanto, os casos confirmados em Campinas
não representam a totalidade.
2. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde
pública e privada;
• Reuniões com setores hoteleiro, de
turismo, comercial, de educação e com a RMC;
• Reunião com secretariado e autarquias
municipais;
• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
• Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
• Incremento do plantão de vigilância;
• Reorganização da rede de assistência;
• Adiamento do início das aulas para todas
as escolas públicas até dia 17 de agosto,
suspensão das aulas na educação infantil até
esta mesma data e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades;
• Adequação da logística de recursos
materiais e humanos;
• Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
• Divulgação de orientação técnica para que
gestantes trabalhadoras que atuem em contato
direto com o público, particularmente na
área da saúde, fossem deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições
estudassem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres. Esta
orientação se mantém;
• Criação do Comitê Assessor Municipal da
Influenza A (H1N1), constituído por pessoas
que representam outros setores da saúde no
município, das áreas científica e de
assistência, para somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes. Este comitê já se reuniu três
vezes;
• Ampliação do acesso à medicação a partir
de 15 de agosto, data em que os pacientes
moradores de Campinas com síndrome gripal e
com fator de risco para complicações
passaram a ser encaminhados para a retirada
do medicamento no Hospital Municipal Mário
Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –,
na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no
Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia
externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy
Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.
• Na volta às aulas, a Prefeitura
intensificou as ações de educação em saúde,
informação e mobilização social com a
distribuição de 300 mil folhetos entre
alunos, pais e professores com orientação
sobre a nova gripe, sintomas, orientações
sobre crianças com sinais – que não devem
freqüentar a escola e precisam de
atendimento médico – e sobre afastamento
para os alunos com síndrome gripal – que
devem permanecer em casa por sete dias após
início de sintomas;
• Divulgação de boletins epidemiológicos.
4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA
REGIÃO:
• No mundo, segundo a OMS, pelo menos
209.438 pessoas já foram infectadas pelo
Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185
morreram por causa da doença. No Brasil,
foram confirmados 899 óbitos por Influenza
A, segundo boletim divulgado pelo Ministério
da Saúde no dia 16 de setembro. No Estado de
São Paulo, foram 327 ÓBITOS.
No comparativo com os 15 países com maior
número absoluto de mortes, o Brasil tem a 5ª
taxa de mortalidade, que representa o número
de casos em cada 100 mil habitantes.
5. RECOMENDAÇÕES:
A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as
medidas de prevenção e proteção individual
que neste momento são as mais importantes
para reduzir o risco da propagação da doença
no município e no País. As medidas são:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
• Pessoas com qualquer gripe não devem
freqüentar ambientes fechados e com
aglomeração de pessoas;
• Procure o seu médico ou a unidade de saúde
em caso de gripe para diagnóstico e
tratamento adequados;
• Não usar medicamentos sem orientação
médica. A automedicação pode ser prejudicial
à saúde.