Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 - A Secretaria Municipal de
Saúde informa nesta segunda-feira, 17 de
agosto, que foram confirmados 8
NOVOS CASOS de infecção pelo
vírus Influenza A (H1N1) em moradores de
Campinas.
1.2 - Com os novos casos, a
Secretaria de Saúde de Campinas registra um
total de 158 CASOS CONFIRMADOS
da doença. Deste total, dez evoluíram para
óbito, sendo oito mulheres e dois homens. A
média de idade dos óbitos foi de 35 anos. Os
fatores de risco isolados apresentados por
estes pacientes foram 1 gestação, 2 com
imunodepressão e 2 com obesidade mórbida.
Entre os fatores associados, uma das pessoas
apresentava associação de diabetes e
obesidade mórbida e outra diabetes e
pneumopatia. Um dos casos deu positivo para
H1N1 e para Influenza sazonal, o que sugere
co-infecção ou superinfecção.
1.3 – Segundo o sexo, do total de casos (dos
158 confirmados), 66 foram em homens (41,7%)
e 92 em mulheres (58%), sendo onze
gestantes. Segundo a faixa etária, a maior
proporção de casos é de 15 a 49 anos (121
casos ou 77%). Ou seja: o perfil da doença
em Campinas vem mostrando que os mais
acometidos são adolescentes e adultos
jovens, mantendo este padrão nos óbitos pela
Influenza A (H1N1).
1.4 – Também estão confirmados
em Campinas 3 SUR TOS, em
creche, com três casos, e serviços de saúde,
com cinco casos e seis casos. Outros dois
surtos estão em investigação. Com o retorno
dos escolares, poderá ocorrer aumento dos
casos de doenças respiratórias, entre os
quais a Influenza, com possibilidade de
novos surtos institucionais.
1.5 - Vale destacar que o total
de casos é o resultado acumulado desde os
primeiros registros confirmados de infecção
em moradores de Campinas, no dia 19 de
junho. Foram dois casos com início de
sintomas no dia 14 de junho. Eram dois
adultos procedentes da Argentina.
A quase totalidade desses pacientes já
recebeu alta ou está em processo de
recuperação.
1.6 - De acordo
o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância
Epidemiológica da Influenza, de 15 de julho,
baseado em recomendações da Organização
Mundial da Saúde (OMS), não está mais
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país. Portanto,
os casos confirmados em Campinas não
representam a totalidade.
Os grupos com maior risco para
desenvolver as formas graves da doença são
os seguintes:
- Gestação;
- Idade menor que 2 e maior que 60 anos;
- Pessoas com doenças que debilitam o
sistema imunológico (defesas do organismo),
como câncer e aids; ou que tomam
regularmente medicamentos que debilitam o
sistema imunológico;
- Doenças crônicas preexistentes, como
problemas cardíacos (como arritmias),
pulmonares (exemplos: bronquite e asma),
renais (pessoas que fazem hemodiálise, por
exemplo) e sanguíneos (como anemia e
hemofilia); diabetes e obesidade mórbida.
1.7 – Dentro deste cenário,
comunica que investiga 4 ÓBITOS
SUSPEITOS de Doença
Respiratória Aguda Grave (SRAG), que serão
investigados também para Influenza A
(H1N1).
1.8 - Cabe destacar que, de
acordo com o novo protocolo, o cálculo da
taxa de letalidade em relação ao total de
casos de influenza não é mais utilizado como
parâmetro para monitorar o comportamento da
doença, uma vez que os casos leves não
são mais notificados, exceto em surtos,
segundo recomendação da Organização Mundial
de Saúde (OMS). Em Campinas, a mortalidade
neste momento é de 0,84/100 mil habitantes.
2. PROVIDÊNCIAS
2.1 – O monitoramento da
circulação do novo vírus no município está
sendo feito pela Secretaria de Saúde, por
meio da Vigilância em Saúde e Vigilâncias
Distritais com apoio dos Núcleos de
Vigilância dos hospitais, com base no
acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.2 – A Secretaria de Saúde
informa que tem monitorado casos graves
junto aos hospitais públicos e privados de
Campinas e disponibilizado suporte técnico e
logístico para toda rede pública e privada
de saúde do município – com disponibilização
de medicamento para casos em que há
indicação conforme Protocolo do Ministério
da Saúde e investigação laboratorial -, para
que todos os pacientes sejam tratados
adequadamente. Essas medidas têm o objetivo
de realizar diagnóstico precoce e
proporcionar tratamento ágil a todos que
necessitem, no sentido de reduzir a
possibilidade de óbitos.
2.3. – Outras PROVIDÊNCIAS
adotadas por Campinas:
- Capacitação das redes de saúde
pública e privada;
- Reuniões com setores
hoteleiro, de turismo, comercial, de
educação e com a RMC;
- Reunião com secretariado e
autarquias municipais;
- Reunião com o Conselho
Municipal de Saúde;
- Elaboração do plano de
contingência e protocolo de atendimento;
- Incremento do plantão de
vigilância;
- Reorganização da rede de
assistência;
- Adiamento do início das aulas
para todas as escolas públicas até dia 17 de
julho, suspensão das aulas na educação
infantil e recomendação da prorrogação das
férias também para a rede privada inclusive
universidades e faculdades.
- Adequação da logística de
recursos materiais e humanos;
- Incremento constante das ações
de comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
- Além disso, a Vigilância em
Saúde divulgou orientação técnica onde
indica que gestantes trabalhadoras que atuam
em contato direto com o público,
particularmente na área da saúde, sejam
deslocadas para novas atribuições ou
afastadas de suas atividades, de acordo com
as especificidades de cada local ou,
na impossibilidade de transferência, que as
instituições estudem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres;
- Criação do Comitê
Assessor Municipal da Influenza A (H1N1),
com objetivo de agregar pessoas que
representam outros setores da saúde no
município, das áreas científica e de
assistência, que possam somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes.
- Ampliação do acesso à
medicação a partir de 15 de julho, data em
que os pacientes moradores de Campinas com
síndrome gripal e com fator de risco para
complicações, que necessitem da medicação
Oseltamivir, passam a ser encaminhados para
a retirada do medicamento no Hospital
Municipal Mário Gatti – no Acolhimento do
Pronto-Socorro –, na avenida Faria Lima, das
7h às 23h, e no Complexo Hospitalar Ouro
Verde - na farmácia externa do
Pronto-Socorro, na avenida Ruy Rodrigues,
3034, com atendimento 24 horas.
2.4 – A Prefeitura informa que o início das
aulas na rede pública municipal de educação
foi mantido para o dia 17 de agosto. A
medida inclui Centros
Municipais de Educação Infantil (Cemeis),
creches municipais conveniadas, pré-escola,
ensino fundamental e Educação de Jovens e
Adultos. A decisão atinge pelo menos 65 mil
alunos em todo município. A medida teve como
objetivo conter o avanço da epidemia da nova
gripe (Influenza A H1N1), já que reduz a
capacidade de disseminação do vírus na
comunidade, e preservar a saúde das
crianças, já que o comportamento social dos
pequenos facilita a transmissão entre eles.
Na volta às aulas, foram intensificadas as
ações de educação em saúde, informação e
mobilização social com a distribuição de 300
mil folhetos entre alunos, pais e
professores com orientação sobre a nova
gripe, sintomas, orientações sobre crianças
com sinais – que não devem freqüentar a
escola e precisam de atendimento médico – e
sobre afastamento para os alunos com
síndrome gripal – que devem permanecer em
casa por sete dias após início de sintomas.
3. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA
REGIÃO:
3.1- No Estado de São Paulo,
foram confirmados 69 ÓBITOS
até dia 7 de agosto. Na Região de Campinas,
até dia 14 de agosto, são 19.
No Brasil, são 192 óbitos.
4.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da situação epidemiológica atual da
influenza, a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
- Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
- Evitar locais fechados com aglomeração de
pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas
doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Em caso de adoecimento, procurar
assistência médica e informar história de
contato com doentes ou/e roteiro de viagens
recentes.
- Não usar medicamentos sem orientação
médica.
- Pessoas com sintomas de gripe (febre,
tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça
ou pelo corpo e desconforto respiratório
como dor e dificuldade para respirar) devem
procurar o profissional de saúde onde
habitualmente já se consultam para avaliação
do médico e monitoramento clínico,
diagnóstico precoce de gravidade e
investigação epidemiológica de casos graves
e surtos. Elas não devem ir ao trabalho e à
escola ou a locais de aglomeração de
pessoas. Os hospitais devem ser reservados
para os casos mais graves.
Para as escolas, as orientações são:
A Influenza A (H1N1) é uma
doença respiratória aguda (gripe), causada
pelo vírus influenza A (H1N1). Este novo
vírus da influenza, assim como a gripe
comum, é transmitido de pessoa a pessoa
principalmente, por meio de tosse ou espirro
e de contato com secreções respiratórias de
pessoas infectadas. Os sintomas são: febre e
tosse podendo estar acompanhadas de dor de
cabeça, dores musculares e nas articulações
e dor de garganta.
Todos que apresentarem um desses
sintomas acima não deverão
freqüentar a escola e deverão
consultar um serviço de saúde. Se o
diagnóstico for síndrome gripal a pessoa
deve permanecer em domicílio por sete dias
após o início dos sintomas para evitar a
transmissão do vírus para pessoas sadias.
As seguintes medidas de higiene
devem ser tomadas e incentivadas para evitar
o contágio:
-
Higienizar as mãos
frequentemente com água e sabão ou com
solução álcool-gel;
-
Evitar tocar os olhos, nariz
ou boca após contato com superfícies;
-
Não compartilhar copos e utensílios, sem
que sejam previamente limpos;
-
Proteger com lenços
(preferencialmente descartáveis a cada
uso) a boca e nariz ao tossir ou
espirrar;
-
Pessoas com síndrome gripal
devem evitar entrar em contato com
outras pessoas, devem evitar
aglomerações e ambientes fechados e, se
não for possível, usar máscaras
cirúrgicas;
-
Manter ambientes ventilados,
inclusive no transporte escolar;
-
Manter uma boa alimentação e hábitos
saudáveis;
-
Manter os brinquedos limpos
usando água e sabão para a higienização;
-
Se afastado da escola, não
participar de atividades extraescolares
que envolvam grupos sociais,
permanecendo em repouso para a adequada
recuperação e não transmissão da doença;
-
Não tomar medicamento sem
indicação médica. A automedicação pode
mascarar sintomas, retardar o
diagnóstico e até causar resistência do
vírus;
-
Todas as pessoas que
apresentarem sintomas da gripe deverão
procurar um serviço de saúde para
avaliação e monitoramento
-
Para maiores
informações: 160 ou
www.campinas.sp.gov.br/saude