Campinas, 31 de julho de 2009, às 15h50
Nota à imprensa
Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 - A Secretaria Municipal de Saúde
informa nesta sexta-feira, 31 de julho, que
foram confirmados 3 NOVOS CASOS
de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em
moradores de Campinas, sendo um dos casos
1 ÓBITO
de uma mulher de 54 anos que foi internada
dia 24 de julho e morreu dia 25. Ela tinha
outras doenças (comorbidade). Os outros
casos positivos são: uma moça de 23 anos que
está em processo de recuperação e uma mulher
de 30 anos também em processo de
recuperação.
1.2 - Com os novos casos, a Secretaria de
Saúde registra um total de
81 CASOS CONFIRMADOS
da doença, sendo três óbitos (uma mulher de
37 anos que morreu dia 23 de julho; uma
mulher de 48 anos que morreu dia 27; e uma
mulher de 54 que faleceu dia 25 de julho).
Entre estes 80 casos estão computados três
referentes a um surto em creche. Vale
destacar que o total de casos é o resultado
acumulado desde os primeiros registros
confirmados de infecção em moradores de
Campinas, no dia 19 de junho.
A quase totalidade desses pacientes já
recebeu alta ou está em processo de
recuperação.
1.3 De acordo o Protocolo de
Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica
da Influenza, de 8 de julho, baseado em
recomendações da Organização Mundial da
Saúde, não está mais indicada a
identificação individual de cada caso de
influenza pelo novo H1N1, mas a notificação,
investigação, diagnóstico laboratorial e
tratamento dos casos com síndrome
respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos
de risco para desenvolver formas graves,
assim como identificação de novos focos da
doença no país.
1.4 – Dentro deste cenário, comunica que
investiga 6 ÓBITOS suspeitos de
Doença Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão
sendo analisados para várias doenças
inclusive para Influenza A (H1N1). Os exames
destes pacientes estão sendo processados.
São 5 mulheres: 34 anos (comorbidade); 32
anos (sem comorbidade); 36 anos (sem
comorbidade); 56 anos (sem comorbidade); 32
anos (comorbidade); e um homem de 35 anos (comorbidade).
1.5 – Também analisa 7 SURTOS,
em escolas, serviços de saúde e hotel.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
DOS CASOS EM CAMPINAS E PROVIDÊNCIAS
2.1 – Dos 80 casos positivos em Campinas, 76
foram confirmados por exames laboratoriais e
5 por critério clínico-epidemiológico. Do
total, 19 foram de pessoas que se infectaram
no exterior e o restante são casos
secundários.
2.2 –A análise epidemiológica realizada até
o momento indica que a faixa etária mais
acometida tanto pelo vírus H1N1 quanto pelo
vírus da influenza sazonal é a de 20 a 49
anos (56 casos, o que equivale 69% dos casos
confirmados). Do total de casos, 33 são em
homens (40,7%) e 48 em mulheres (59,2%).
2.3 - O monitoramento da circulação do novo
vírus no município está sendo feito pela
Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância
em Saúde e Vigilâncias Distritais com apoio
dos Núcleos de Vigilância dos hospitais, com
base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.4 – A Secretaria de Saúde ressalta que vem
se antecipando às mudanças no cenário
epidemiológico e mantém uma rede bem
preparada e estruturada para enfrentar a
nova gripe. No dia 3 de julho, o MS anunciou
novas recomendações para tratamento e
internação e realização de exames em
pacientes com sintomas graves de gripe; e
para o monitoramento de casos suspeitos.
Essas medidas, já adotadas por Campinas, têm
o objetivo de realizar diagnóstico precoce,
tratamento ágil na rede pública a todos que
necessitem, no sentido de reduzir a
possibilidade de óbitos.
2.5 –
PROVIDÊNCIAS
já adotadas por Campinas: capacitação das
redes de saúde pública e privada; reuniões
com setores hoteleiro, de turismo,
comercial, de educação e com a RMC; reunião
com secretariado e autarquias municipais;
reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento; incremento do
plantão de vigilância; reorganização da rede
de assistência; adiamento do início das
aulas para todas as escolas públicas pelo
menos até dia 10 de julho com possibilidade
de prorrogação, suspensão das aulas na
educação infantil e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades. Também foi adequada a logística
de recursos materiais e humanos; e estão
sendo incrementadas constantemente as ações
de comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmada recentemente
parceria com a Emdec para uma grande
campanha na Rodoviária e entre motoristas e
cobradores.
3. RECOMENDAÇÕES:
Diante da situação epidemiológica atual da
influenza, a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
- Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
- Evitar locais fechados com aglomeração de
pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas
doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Em caso de adoecimento, procurar
assistência médica e informar história de
contato com doentes ou/e roteiro de viagens
recentes.
- Não usar medicamentos sem orientação
médica.
- Pessoas com sintomas de gripe (febre,
tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça
ou pelo corpo e desconforto respiratório
como dor e dificuldade para respirar) devem
procurar o profissional de saúde onde
habitualmente já se consultam para avaliação
do médico e monitoramento clínico,
diagnóstico precoce de gravidade e
investigação epidemiológica de casos graves
e surtos. Elas não devem ir ao trabalho e à
escola ou a locais de aglomeração de
pessoas. Os hospitais devem ser reservados
para os casos mais graves.