Campinas, 20
de julho de 2009, às 17h
Nota à
imprensa
Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)
1. CASOS
EM CAMPINAS
1.1 –
A Secretaria de Saúde de Campinas informa nesta
segunda-feira, 20 de julho, que foi confirmado
1 NOVO CASO
de infecção
pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de Campinas.
Trata-se de uma mulher de 40 anos que não viajou. Ela ficou
internada, mas já recebeu alta e se recupera bem.
1.2 – Com o novo caso, a Secretaria de Saúde registra um
total de
51 CASOS CONFIRMADOS
da doença.
Vale destacar que esses casos são o resultado acumulado
desde os primeiros registros confirmados de infecção em
moradores de Campinas, no dia 19 de junho.
A quase
totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em
processo de recuperação.
1.3 –
PARA TODOS OS CASOS
está sendo realizada busca ativa de contatos próximos.
1.4 – A Secretaria Municipal de Saúde acompanha
65 CASOS
SUSPEITOS
de moradores
de Campinas. As amostras com secreções respiratórias dos
pacientes estão em análise laboratorial.
Outros 74 CASOS foram DESCARTADOS.
1.5 – Entre os 65 casos suspeitos, estão sendo
analisados seis óbitos. São casos de Doença Respiratória
Aguda Grave, que serão investigados para diversas doenças
inclusive para Influenza A (H1N1). Cinco são do sexo
feminino e um do sexo masculino. Quatro são de Campinas e
dois de outros municípios.
Dos casos de
Campinas, um morreu dia 18, dois morreram dia 17 e um no dia
8 de julho. Os óbitos de moradores de outras cidades em
hospitais do município de Campinas ocorreram no dia 17.
Todos são adultos jovens – de 20 a 39 anos -, somente uma
pessoa está faixa etária de 50 a 60 anos.
2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS E
PROVIDÊNCIAS
2.1 – Dos 51 casos positivos em Campinas, 46 foram
confirmados por exames laboratoriais e 5 por critério
clínico-epidemiológico. Do total, 18 foram de pessoas que se
infectaram no exterior e o restante são casos secundários.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos
importados foram Argentina, Chile, Inglaterra e Estados
Unidos.
2.4 – Do total de casos, 24 são em homens e 27 em mulheres.
A maioria dos casos está concentrada na faixa etária de 20 a
49 anos. Dois são em crianças. Não há casos em pessoas com
mais de 60 anos.
2.5 - É importante ressaltar que a maioria absoluta das
pessoas infectadas pela nova gripe manifesta sintomas leves,
parecidos com os da gripe comum, e se recupera rapidamente.
A letalidade média da nova gripe no mundo (0,45%) é igual à
da gripe sazonal.
2.6 - O monitoramento da circulação do novo vírus no
município está sendo feito pela Secretaria de Saúde, por
meio da Vigilância em Saúde e Vigilâncias Distritais com
apoio dos núcleos de Vigilância dos Hospitais de Referência,
com base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.7 – A Secretaria de Saúde ressalta que vem se antecipando
a eventuais mudanças no cenário epidemiológico e mantém uma
rede bem preparada e estruturada para enfrentar a nova
gripe. No último dia 3, o MS anunciou novas recomendações
para tratamento e internação e realização de exames em
pacientes com sintomas graves de gripe; e para o
monitoramento de casos suspeitos. Essas medidas, já adotadas
por Campinas, têm o objetivo de oferecer tratamento ágil na
rede pública a todos que necessitem.
2.8 – PROVIDÊNCIAS já adotadas por Campinas:
capacitação das redes de saúde pública e privada; reuniões
com setores hoteleiro, comercial e de educação; reunião com
secretariado e autarquias municipais; elaboração do plano de
contingência e protocolo de atendimento; incremento do
plantão de vigilância; e reorganização da rede de
assistência. Também está sendo adequada a logística de
recursos materiais e humanos; e incrementadas as ações de
comunicação, informação e mobilização social.
3. CASOS NO
BRASIL (ATÉ 8 DE JULHO)
No Brasil, até
dia 15 de julho, foram confirmados 1.175 casos, com 14
óbitos. No Estado de São Paulo, são 512.
4. CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
4.1 – Segundo a última atualização da Organização Mundial de
Saúde (OMS), há 119.344 casos da nova gripe, em 122 países.
O número de óbitos é de 591 com uma taxa de letalidade de
0,50%.
4.2 – Ainda de acordo com a OMS, em sete países a
transmissão do vírus entre pessoas é considerada sustentada:
Estados Unidos, México, Canadá, Chile, Argentina, Austrália
e Reino Unido.
5.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da
situação epidemiológica atual da influenza, a Vigilância em
Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais importantes para
reduzir o risco da propagação da doença no município e no
País. As medidas são:
- Ao tossir ou
espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço,
preferencialmente descartável.
- Lavar as
mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois
de tossir ou espirrar.
- Evitar
locais fechados com aglomeração de pessoas.
- Evitar o
contato direto com pessoas doentes.
- Não
compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal.
- Evitar tocar
olhos, nariz ou boca.
- Em caso de
adoecimento, procurar assistência médica e informar história
de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.
- Não usar
medicamentos sem orientação médica.
- Pessoas com
sintomas de gripe (febre, tosse, coriza e dores de garganta,
de cabeça ou pelo corpo e desconforto respiratório como dor
e dificuldade para respirar) devem procurar o profissional
de saúde onde habitualmente já se consultam para avaliação
do médico e monitoramento clínico, diagnóstico precoce de
gravidade e investigação epidemiológica de casos graves e
surtos.