Campinas, 13
de julho de 2009, às 15h
Nota
à imprensa
Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 – A
Secretaria de Saúde de Campinas informa nesta segunda-feira,
13 de julho, que foram confirmados
18 NOVOS CASOS
de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores de
Campinas. A maioria deles com início de sintomas nos dias
28, 29 e 30 de junho. Oito deles são de pessoas que viajaram
para Argentina, Chile e Inglaterra (1). Os dez restantes são
de pessoas que tiveram contato com pessoas que adoeceram
(casos secundários).
1.2 – Com os novos casos, a Secretaria de Saúde registra um
total de
43 CASOS
CONFIRMADOS
da doença. Vale lembrar que esses casos são o resultado
acumulado desde os primeiros registros de infecção em
moradores de Campinas, no dia 19 de junho.
A quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está
em processo de recuperação.
1.3 – PARA TODOS OS CASOS
está sendo
realizada busca ativa de contatos próximos.
1.4 – Até a manhã deste 13 de julho, a Secretaria de Saúde
acompanhava 38 CASOS SUSPEITOS no município.
As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão
em análise laboratorial. Outros 59 foram descartados e 17
deram positivo para Influenza Sazonal.
2. PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS
2.1 – Dos 43
casos positivos em Campinas, 38 foram confirmados por exames
laboratoriais e 5 por critério clínico-epidemiológico. Do
total, 17 foram de pessoas que se infectaram no exterior e
24 são casos secundários. Outros dois estão em investigação.
2.2 – Os principais locais de provável infecção dos casos
importados foram Argentina, Chile e Inglaterra (apenas 1
caso na Inglaterra).
2.4 – Do total de casos, 22 são em homens e 21 em mulheres.
A maioria dos casos está concentrada na faixa etária de 20 a
49 anos. Três são em crianças. Não há casos em pessoas com
mais de 65 anos.
3. CASOS NO
BRASIL (ATÉ 8 DE JULHO)
No Brasil, até
dia 8 de julho, foram confirmados 1.027 casos, com dois
óbitos. No Estado de São Paulo, são 457, sendo que um dos
dois óbitos no País foi em São Paulo. A letalidade no Brasil
é de 0,19%.
4. CASOS CONFIRMADOS E ÓBITOS NO MUNDO
4.1 – Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 6 de
julho, foram registrados 94.512 casos da nova gripe em 122
países. O número de óbitos foi de 429, com uma taxa de
letalidade de 0,45%.
4.2 – Ainda de acordo com a OMS, 35 países têm casos
autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia,
França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália,
Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia,
Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina,
Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados
Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia
(Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália).
4.3 – Em sete deles, a transmissão do vírus entre pessoas é
considerada sustentada: Estados Unidos, México, Canadá,
Chile, Argentina, Austrália e Reino Unido.
5.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da
situação epidemiológica atual da influenza e considerando:
a) o período de férias escolares; b) o início do inverno no
Hemisfério Sul; c) o aumento do fluxo de viajantes para os
países com transmissão sustentada (Estados Unidos, México,
Canadá, Chile, Argentina e Austrália); d) o aumento de casos
importados no Brasil; a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção individual que
neste momento são as mais importantes para reduzir o risco
da propagação da doença no município e no País. As medidas
são:
- Ao tossir ou
espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço,
preferencialmente descartável.
- Lavar as
mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois
de tossir ou espirrar.
- Evitar
locais fechados com aglomeração de pessoas.
- Evitar o
contato direto com pessoas doentes.
- Não
compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso
pessoal.
- Evitar tocar
olhos, nariz ou boca.
- Em caso de
adoecimento, procurar assistência médica e informar história
de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.
- Não usar
medicamentos sem orientação médica.
- Pessoas com
sintomas de gripe devem procurar o profissional de saúde
onde habitualmente já se consultam para avaliação e
monitoramento clínico, diagnóstico precoce de gravidade e
investigação epidemiológica de casos graves e surtos.