Uma
oficina de avaliação das ações da dengue em
Campinas mobilizou hoje, dia 11 de novembro, na
Sociedade de Medicina e Cirurgia (SMCC), mais de 70
profissionais da Secretaria Municipal de Saúde entre
gestores, técnicos das vigilâncias em saúde
(Visas), supervisores de controle ambiental e outros
profissionais da pasta. O encontro teve quatro eixos
temáticos: vigilância epidemiológica e assistência
ao doente; vigilância entomológica e controle do
vetor; educação, comunicação e mobilização
social; articulação intra e intersetorial.
O
evento foi aberto pelo Secretário Municipal de Saúde
Gilberto Selber que ressaltou que a oficina é
fundamental para avaliar as atividades desenvolvidas
para a redução dos casos em toda a cidade e defendeu
ações conjuntas de mobilização de agentes públicos
e da população com o objetivo de reduzir a ocorrência
de dengue no próximo verão.
"Foi
o momento de uma grande avaliação das ações
implementadas pelo município e também uma
oportunidade de recontratar com toda equipe as
diretrizes para os próximos meses", disse Selber.
Segundo o secretário, a oficina também integra o
plano de contingência para prevenir uma possível
epidemia de dengue no próximo período, sobretudo
impulsionada pelos meses de calor e chuvas e com a
perspectiva de que, pelo comportamento cíclico da
doença e tendo Campinas registrado o maior número de
ocorrências nos anos de 98 e 2002, a cidade enfrente
um novo pico epidêmico em 2006.
Selber
anunciou que a Prefeitura pretende iniciar uma
campanha de esclarecimento para a prevenção contra o
aumento no número de casos, inclusive com a adesão,
em 19 de novembro, ao Dia D Contra a Dengue, quando
haverá atividades em locais de grande concentração
de público, como a Lagoa do Taquaral e a Escola do
Vida Nova III. "A idéia é desencadear também
uma campanha maciça, envolvendo mídia, Organizações
Não-Governamentais e entidades sociais como associações
de bairro e a arquidiocese de Campinas entre
outras", afirmou.
De
janeiro a outubro deste ano, Campinas registrou 115
casos de dengue. A cidade tem registrado picos epidêmicos
da doença desde 1998, sendo o período mais crítico
no ano de 2002, quando houve o registro de 1,5 mil
casos. Em julho de 2002, o Ministério da Saúde lançou
o Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), com
a meta de reduzir em 50% o número de casos em 2003 em
relação a 2002. Desde então, o objetivo é a redução
em 25% a cada ano.
A
dengue é um dos principais problemas de saúde pública
no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
estima que cerca de 80 milhões de pessoas se infectem
anualmente em cem países, de todos os continentes,
com exceção da Europa. Deste total, cerca de 550 mil
necessitam de hospitalização e pelo menos 20 mil
morrem da doença. Em Campinas, desde 1998, houve uma
morte em conseqüência da doença.
Denize
Assis