Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA NOVA
INFLUENZA EM CAMPINAS
• A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta terça-feira, 13 de outubro, que até o
momento foram confirmados, por exames
laboratoriais, 196 CASOS de
Influenza A H1N1 no município. Entre estas
ocorrências, foram registradas 15 MORTES,
sendo nove mulheres e seis homens. Do total
de casos – dos 196 -, 16 referiam-se a
gestantes, sendo que uma delas evoluiu para
óbito. Tratava-se de uma grávida de gêmeos.
Os bebês sobreviveram.
• A Secretaria de Saúde comunica também que,
até o momento, estão confirmados 7 surtos
pela doença no município. Nesses
surtos, 49 pacientes foram atingidos, com
média de 7 casos por surto. O período máximo
de duração das ocorrências – diferença entre
o início de sintomas do primeiro e do último
caso – foi de 8 dias. Quatro surtos foram em
estabelecimento de saúde, 2 em instituições
de ensino e 1 em centro de pesquisa. Todos
foram controlados com sucesso por meio de
medidas de afastamento social.
• Do total de casos, a faixa etária mais
acometida continua sendo a de 20 anos a 49
anos, com 63,2% das ocorrências. Na faixa
etária de 15 a 19 anos, estão confirmados 25
casos. Entre 50 e 59, 14. Também há 10 casos
em menores de 1 ano. Quanto ao sexo, as
mulheres representam a maioria, com 115
casos ou 58,6% dos registros.
• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e
Vigilância Epidemiológica da Influenza, de
15 de julho, baseado em recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não está
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país.
Portanto, os casos confirmados em Campinas
não representam a totalidade.
• Conforme último boletim da Vigilância em
Saúde de Campinas, divulgado em 6 de
outubro, as tendências temporais
dos casos confirmados e suspeitos de
influenza no município indicam que o período
mais crítico foi o final de julho e início
de agosto,
ocasião em que foi indicada
suspensão das aulas de escolas, pré-escolas
e berçários. Desde o início de agosto
verifica-se tendência de declínio no número
diário de casos, o que confirma a eficiência
das medidas tomadas. A tendência na
diminuição no número de casos se manteve no
mês de setembro. Estes dados indicam que a
primeira onda epidêmica já teve sua etapa
mais aguda e que, neste momento, o município
encontra-se em período inter-epidêmico, com
manutenção de transmissão ativa. Este
cenário deve se manter até a próxima onda
epidêmica. É importante, segundo o boletim,
ressaltar que as ondas epidêmicas dos
subtipos Pandêmicos de vírus Influenza não
respeitam a mesma sazonalidade da influenza
sazonal. Ou seja, pode ser registrada nova
onda epidêmica antes do período de
outono-inverno de 2010. Os sistemas de
vigilância do México já identificaram três
ondas epidêmicas desde o início da
transmissão deste novo subtipo
de influenza.
• Diante desta situação, é necessário que as
equipes de saúde prossigam atentas e que os
cuidados em relação às medidas de prevenção
da nova gripe A sejam mantidos. A Vigilância
em Saúde lembra, ainda, que o protocolo que
indica tratamento para casos graves, e mesmo
para os que não exijam internação, mas que
possuem fator de risco, deve ser seguido.
2. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde
pública e privada;
• Reuniões com setores hoteleiro, de
turismo, comercial, de educação e com a RMC;
• Reunião com secretariado e autarquias
municipais;
• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
• Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
• Incremento do plantão de vigilância;
• Reorganização da rede de assistência;
• Adiamento do início das aulas para todas
as escolas públicas até dia 17 de agosto,
suspensão das aulas na educação infantil até
esta mesma data e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades;
• Adequação da logística de recursos
materiais e humanos;
• Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
• Divulgação de orientação técnica para que
gestantes trabalhadoras que atuem em contato
direto com o público, particularmente na
área da saúde, fossem deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições
estudassem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres. Esta
orientação se mantém;
• Criação do Comitê Assessor Municipal da
Influenza A (H1N1), constituído por pessoas
que representam outros setores da saúde no
município, das áreas científica e de
assistência, para somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes. Este comitê reúne-se novamente
nesta quarta-feira, dia 14 de outubro. Esta
é a quarta reunião do grupo;
• Ampliação do acesso à medicação a partir
de 15 de agosto, data em que os pacientes
moradores de Campinas com síndrome gripal e
com fator de risco para complicações
passaram a ser encaminhados para a retirada
do medicamento no Hospital Municipal Mário
Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –,
na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no
Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia
externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy
Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.
• Na volta às aulas, a Prefeitura
intensificou as ações de educação em saúde,
informação e mobilização social com a
distribuição de 300 mil folhetos entre
alunos, pais e professores com orientação
sobre a nova gripe, sintomas, orientações
sobre crianças com sinais – que não devem
freqüentar a escola e precisam de
atendimento médico – e sobre afastamento
para os alunos com síndrome gripal – que
devem permanecer em casa por sete dias após
início de sintomas;
• Divulgação de boletins epidemiológicos.
3. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO
PAULO E NA REGIÃO:
• No mundo, segundo a OMS, pelo menos
209.438 pessoas já foram infectadas pelo
Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185
morreram por causa da doença. No Brasil,
foram confirmados
899
óbitos por Influenza A, segundo boletim
divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 16
de setembro. No Estado de São Paulo, foram
349
ÓBITOS. No comparativo com os 15
países com maior número absoluto de mortes,
o Brasil tem a 5ª taxa de mortalidade, que
representa o número de casos em cada 100 mil
habitantes.
4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO DEVEM SER
MANTIDAS
A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as
medidas de prevenção e proteção individual
que neste momento são importantes de serem
mantidas:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
• Pessoas com qualquer gripe não devem
freqüentar ambientes fechados e com
aglomeração de pessoas;
• Procure o seu médico ou a unidade de saúde
em caso de gripe para diagnóstico e
tratamento adequados;
• Não usar medicamentos sem orientação
médica. A automedicação pode ser prejudicial
à saúde.