Vacinação contra a raiva acontece na Noroeste no próximo final de semana

03/10/2006

A Secretaria de Saúde de Campinas pretende atingir 21 mil cães e 1,6 mil gatos na quarta etapa da Campanha de Vacinação Contra a Raiva Animal, no próximo final de semana, dias 7 e 8 de outubro, na região noroeste da cidade, nos bairros do eixo John Boyd Dunlop a partir da rodovia Anhangüera.

Mais de 300 servidores vão trabalhar em 51 postos de vacinação, entre fixos e volantes, no período das 8h às 17h nos dois dias. As doses são gratuitas e todos os animais com mais de três meses, mesmo os que já tenham tomado a vacina este ano e inclusive fêmeas prenhes ou no período de amamentação, devem ser vacinados.

No sábado, os postos vão estar instalados em pontos estratégicos dos bairros Jardim Ipaussurama, Satélite Íris 1, Vila União, Jardim Campos Elíseos, Jardim Novo Campos Elíseos, Vila Perseu Leite de Barros, Parque Tropical, Jardim Novo Londres, Jardim Roseira, Vila Castelo Branco, Jardim Paulicéia e Vila Padre Manoel da Nóbrega.

No domingo, os locais de vacinação serão nos bairros Parque Floresta 1 e Floresta 3, Campina Grande, Residencial São Luís, Residencial São Bento, jardins Florence 1 e 2, Jardim Rossin, Nova Esperança, Princesa D´Oeste, Residencial Cosmo, Satélite Íris 3 e 4, Jardim Novo Maracanã, Jardim Lisa, Jardim Santa Clara, Parque Valença 1 e 2, Jardim Santa Rosa, Parque Itajaí 2 e 4 e Parque da Amizade.

O médico veterinário Yuri Fernandes Feltrin, da Vigilância em Saúde (Visa) Noroeste, informa que Campinas não registra casos de raiva em gatos e cães desde 1998, mas que o vírus ainda circula entre alguns mamíferos, como o morcego, e reforça, mais uma vez, que é importante e de responsabilidade dos proprietários levar seus animais para a vacinação contra raiva todos os anos.

“Gatos e cães têm contato com outros mamíferos que podem estar doentes e, ao adquirir o vírus, existe a possibilidade de infectar pessoas por mordedura, lambedura e arranhadura, mesmo que não exista agressão”, diz. De acordo com o médico veterinário, os gatos merecem atenção especial já que os felinos saem mais de casa e têm instinto de caça. “Desta forma o risco desta espécie contrair a doença é maior”, afirma.

A Campanha 2006 já foi realizada nas regiões leste, sudoeste e norte de Campinas. Na região sul a campanha acontece nos dias 21 e 22 de outubro. Informações sobre os postos de vacinação podem ser obtidas pelo telefone 156 ou pelo site www.campinas.sp.gov.br/saude

Saiba mais sobre a raiva:

O que é?

A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus, que acomete mamíferos, inclusive o homem, com letalidade de 100%. No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas. Mesmo no Estado de São Paulo existem regiões com epizootia - epidemia entre animais.

Quais os sintomas?

Mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura. A pessoa infectada não consegue comer, sente dor de cabeça, náuseas, dor de garganta, irritabilidade e inquietude, tem sensibilidade à luz, aumento da sensibilidade e formigamento e dormência na região da mordida ou de contato com a saliva do animal raivoso e delírios, entre outros.

A manifestação da doença clínica é variável, desde dias até anos, com uma média de 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses no cão. Em crianças existe uma tendência a esse tempo ser menor, quando comparado com adultos.

Como se transmite?

A doença é transmitida ao homem principalmente através da mordedura de animais infectados. Qualquer mamífero pode adquirir e transmitir raiva. No Brasil os reservatórios domésticos mais comuns são: cão, gato, gado e cavalo; e os do ciclo silvestre são: morcego, macaco, raposa e guaxinim. Os morcegos podem adquirir e transmitir a doença, mas a maioria não é raivoso. Não é possível dizer se um morcego é raivoso apenas olhando-o; a doença só é confirmada por meio de exame laboratorial. Pode-se suspeitar de um morcego raivoso quando seu comportamento está alterado.

Ainda existem as possibilidades, mais raras, de se contrair a doença por contato com material infectado de um animal raivoso, como a saliva diretamente nos olhos, mucosas ou feridas. Outros meios que se pode transmitir a doença são: lambedura  e/ou arranhadura de animais doentes, transplante de órgãos.
Os únicos casos de raiva humana transmitida de pessoa a pessoa ocorreram entre pessoas que receberam transplante de córnea.

Como tratar?

A assistência médica deve ser procurada o mais rapidamente possível após a agressão. Quanto ao ferimento: deve-se deixar sangrar por pouco tempo; lavar abundantemente com água e sabão e aplicar algum produto anti-séptico. O tratamento profilático deve ser prescrito pelo médico ou enfermeiro, que avaliará o caso indicando a aplicação de vacina e/ou soro. Forneça o máximo de informações ao serviço de saúde quanto ao animal: se tem dono, endereço, entre outras.

O TRATAMENTO INDICADO NUNCA DEVE SER INTERROMPIDO.
Se você foi mordido ou a saliva do morcego, ou qualquer outro animal raivoso, entrou em contato com seus olhos, nariz boca ou ferimento, procure assistência médica imediatamente.

Como se prevenir?

É importante manter as vacinações do animal doméstico em dia e evitar proximidade com animais de rua ou silvestres. No caso de agressão ou contato com animais raivosos, é fundamental fazer o tratamento profilático indicado.

Denize Assis

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