80 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

21/08/2009

Campinas, 21 de setembro de 2009, às 15h

Secretaria de Saúde de Campinas

Nota à imprensa

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. NÚMERO DE CASOS EM CAMPINAS CAI PELA 4ª SEMANA SEGUIDA

• A Secretaria Municipal de Saúde informa nesta segunda-feira, 21 de setembro, que o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em Campinas, ou simplesmente casos graves, causados pela Influenza A (H1N1) caiu PELA QUARTA SEMANA SEGUIDA, confirmando tendência que já havia sido observada nas semanas anteriores. Enquanto nas primeiras semanas de agosto estavam sendo confirmados, em média, 5 casos por dia, nas primeiras de semanas de setembro este número caiu para 1 por dia.

• Portanto, a análise epidemiológica dos dados permite concluir que a transmissão do novo vírus A (H1N1) e os casos graves provocados por ele estão diminuindo no município. No entanto, casos da doença devem continuar a ocorrer até a próxima onda pandêmica no Hemisfério Sul, no ano que vem.

• A Secretaria de Saúde informa ainda a notificação de 1 NOVO ÓBITO de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em morador de Campinas. Trata-se de um homem de 30 anos que morreu no dia 12 de setembro. Ele recebeu assistência médica em um hospital da rede privada de saúde e seu caso foi confirmado como infecção pelo Influenza A H1N1 neste dia 21 de setembro.

• Com o número de casos acumulados da doença, a Secretaria de Saúde de Campinas registra nesta data 189 CASOS CONFIRMADOS de Influenza A H1N1 no município. Entre estes casos, estão confirmadas 14 MORTES – já incluído o óbito acima -, sendo nove mulheres e cinco homens. Do total de casos – dos 189 -, 13 referiam-se a gestantes, sendo que uma delas evoluiu para óbito. Tratava-se de uma grávida de gêmeos e os bebês sobreviveram.

• A Secretaria de Saúde comunica também a confirmação de um NOVO SURTO por Influenza A (H1N1) em uma escola privada da cidade. Até o momento, estão confirmados 7 surtos pela doença no município.

• A faixa etária mais acometida continua sendo a de 20 anos a 49 anos, com 63% das ocorrências. Na faixa etária de 15 a 19 anos, estão confirmados 23 casos. Entre 50 e 59, 14. Também há 10 casos em menores de 1 ano. Quanto ao sexo, as mulheres representam a maioria, com 58,7% dos registros.

• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, de 15 de julho, baseado em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não está indicada a identificação individual de cada caso de influenza pelo novo H1N1, mas a notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos de risco para desenvolver formas graves, assim como identificação de novos focos da doença no país. Portanto, os casos confirmados em Campinas não representam a totalidade.

 

2. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO DE MEDICAMENTOS
Documento da OMS com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”. Veja a tradução do documento e o link para o original (em inglês) em www.saude.gov.br

 

3. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de saúde pública e privada;

• Reuniões com setores hoteleiro, de turismo, comercial, de educação e com a RMC;

• Reunião com secretariado e autarquias municipais;

• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;

• Elaboração do plano de contingência e protocolo de atendimento;

• Incremento do plantão de vigilância;

• Reorganização da rede de assistência;

• Adiamento do início das aulas para todas as escolas públicas até dia 17 de agosto, suspensão das aulas na educação infantil até esta mesma data e recomendação da prorrogação das férias também para a rede privada inclusive universidades e faculdades;

• Adequação da logística de recursos materiais e humanos;

• Incremento constante das ações de comunicação, informação e mobilização social, tendo sido firmadas recentemente parcerias com a Emdec, para campanha na Rodoviária e entre motoristas e cobradores, e com a Unimed Campinas, para campanha entre profissionais de saúde cooperados e para a população em geral;

• Divulgação de orientação técnica para que gestantes trabalhadoras que atuem em contato direto com o público, particularmente na área da saúde, fossem deslocadas para novas atribuições ou afastadas de suas atividades, de acordo com as especificidades de cada local ou, na impossibilidade de transferência, que as instituições estudassem alternativas legais de afastamento temporário destas mulheres. Esta orientação se mantém;

• Criação do Comitê Assessor Municipal da Influenza A (H1N1), constituído por pessoas que representam outros setores da saúde no município, das áreas científica e de assistência, para somar forças com a Administração Municipal nas decisões, medidas de controle e de assistência aos pacientes. Este comitê já se reuniu três vezes;

• Ampliação do acesso à medicação a partir de 15 de agosto, data em que os pacientes moradores de Campinas com síndrome gripal e com fator de risco para complicações passaram a ser encaminhados para a retirada do medicamento no Hospital Municipal Mário Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –, na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.

• Na volta às aulas, a Prefeitura intensificou as ações de educação em saúde, informação e mobilização social com a distribuição de 300 mil folhetos entre alunos, pais e professores com orientação sobre a nova gripe, sintomas, orientações sobre crianças com sinais – que não devem freqüentar a escola e precisam de atendimento médico – e sobre afastamento para os alunos com síndrome gripal – que devem permanecer em casa por sete dias após início de sintomas;

• Divulgação de boletins epidemiológicos.

 

4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA REGIÃO:

 • No mundo, segundo a OMS, pelo menos 209.438 pessoas já foram infectadas pelo Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185 morreram por causa da doença. No Brasil, foram confirmados 899 óbitos por Influenza A, segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 16 de setembro. No Estado de São Paulo, foram 327 ÓBITOS. No comparativo com os 15 países com maior número absoluto de mortes, o Brasil tem a 5ª taxa de mortalidade, que representa o número de casos em cada 100 mil habitantes.

 

5. RECOMENDAÇÕES
A Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Pessoas com qualquer gripe não devem freqüentar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas;
• Procure o seu médico ou a unidade de saúde em caso de gripe para diagnóstico e tratamento adequados;
• Não usar medicamentos sem orientação médica. A automedicação pode ser prejudicial à saúde.
 

Para mais informações, disque 156 ou 160 ou acesse www.campinas.sp.gov.br/saude

 

Volta ao índice de notícias