Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. NÚMERO DE CASOS EM CAMPINAS CAI
PELA 4ª SEMANA SEGUIDA
• A Secretaria Municipal de Saúde informa
nesta segunda-feira, 21 de setembro, que o
número de casos de síndrome respiratória
aguda grave (SRAG) em Campinas, ou
simplesmente casos graves, causados pela
Influenza A (H1N1) caiu PELA QUARTA
SEMANA SEGUIDA, confirmando
tendência que já havia sido observada nas
semanas anteriores. Enquanto nas primeiras
semanas de agosto estavam sendo confirmados,
em média, 5 casos por dia, nas primeiras de
semanas de setembro este número caiu para 1
por dia.
• Portanto, a análise epidemiológica dos
dados permite concluir que a transmissão do
novo vírus A (H1N1) e os casos graves
provocados por ele estão diminuindo no
município. No entanto, casos da doença devem
continuar a ocorrer até a próxima onda
pandêmica no Hemisfério Sul, no ano que vem.
• A Secretaria de Saúde informa ainda a
notificação de 1 NOVO ÓBITO
de infecção pelo vírus Influenza A
(H1N1) em morador de Campinas. Trata-se de
um homem de 30 anos que morreu no dia 12 de
setembro. Ele recebeu assistência médica em
um hospital da rede privada de saúde e seu
caso foi confirmado como infecção pelo
Influenza A H1N1 neste dia 21 de setembro.
• Com o número de casos acumulados da
doença, a Secretaria de Saúde de Campinas
registra nesta data 189 CASOS CONFIRMADOS de
Influenza A H1N1 no município. Entre estes
casos, estão confirmadas 14 MORTES – já
incluído o óbito acima -, sendo nove
mulheres e cinco homens. Do total de casos –
dos 189 -, 13 referiam-se a gestantes, sendo
que uma delas evoluiu para óbito. Tratava-se
de uma grávida de gêmeos e os bebês
sobreviveram.
• A Secretaria de Saúde comunica também a
confirmação de um NOVO SURTO por
Influenza A (H1N1) em uma escola privada da
cidade. Até o momento, estão confirmados 7
surtos pela doença no município.
• A faixa etária mais acometida continua
sendo a de 20 anos a 49 anos, com 63% das
ocorrências. Na faixa etária de 15 a 19
anos, estão confirmados 23 casos. Entre 50 e
59, 14. Também há 10 casos em menores de 1
ano. Quanto ao sexo, as mulheres representam
a maioria, com 58,7% dos registros.
• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e
Vigilância Epidemiológica da Influenza, de
15 de julho, baseado em recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não está
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país.
Portanto, os casos confirmados em Campinas
não representam a totalidade.
2. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO DE
MEDICAMENTOS
•
Documento da OMS com recomendações aos
países sobre o uso de antivirais no
tratamento de pacientes infectados com o
novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o
Brasil já vem adotando desde julho. Entre as
recomendações está a de que “pacientes
saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades)
não precisam ser tratados com antivirais”.
Veja a tradução do documento e o link para o
original (em inglês) em
www.saude.gov.br
3. PROVIDÊNCIAS
• Capacitação das redes de
saúde pública e privada;
• Reuniões com setores hoteleiro, de
turismo, comercial, de educação e com a RMC;
• Reunião com secretariado e autarquias
municipais;
• Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
• Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
• Incremento do plantão de vigilância;
• Reorganização da rede de assistência;
• Adiamento do início das aulas para todas
as escolas públicas até dia 17 de agosto,
suspensão das aulas na educação infantil até
esta mesma data e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades;
• Adequação da logística de recursos
materiais e humanos;
• Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
• Divulgação de orientação técnica para que
gestantes trabalhadoras que atuem em contato
direto com o público, particularmente na
área da saúde, fossem deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições
estudassem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres. Esta
orientação se mantém;
• Criação do Comitê Assessor Municipal da
Influenza A (H1N1), constituído por pessoas
que representam outros setores da saúde no
município, das áreas científica e de
assistência, para somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes. Este comitê já se reuniu três
vezes;
• Ampliação do acesso à medicação a partir
de 15 de agosto, data em que os pacientes
moradores de Campinas com síndrome gripal e
com fator de risco para complicações
passaram a ser encaminhados para a retirada
do medicamento no Hospital Municipal Mário
Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –,
na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no
Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia
externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy
Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.
• Na volta às aulas, a Prefeitura
intensificou as ações de educação em saúde,
informação e mobilização social com a
distribuição de 300 mil folhetos entre
alunos, pais e professores com orientação
sobre a nova gripe, sintomas, orientações
sobre crianças com sinais – que não devem
freqüentar a escola e precisam de
atendimento médico – e sobre afastamento
para os alunos com síndrome gripal – que
devem permanecer em casa por sete dias após
início de sintomas;
• Divulgação de boletins epidemiológicos.
4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO
PAULO E NA REGIÃO:
• No mundo, segundo a OMS, pelo menos
209.438 pessoas já foram infectadas pelo
Influenza A (H1N1). Pelo menos 2.185
morreram por causa da doença. No Brasil,
foram confirmados 899 óbitos por Influenza
A, segundo boletim divulgado pelo Ministério
da Saúde no dia 16 de setembro. No Estado de
São Paulo, foram 327 ÓBITOS.
No comparativo com os 15 países com maior
número absoluto de mortes, o Brasil tem a 5ª
taxa de mortalidade, que representa o número
de casos em cada 100 mil habitantes.
5. RECOMENDAÇÕES
A Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
• Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
• Pessoas com qualquer gripe não devem
freqüentar ambientes fechados e com
aglomeração de pessoas;
• Procure o seu médico ou a unidade de saúde
em caso de gripe para diagnóstico e
tratamento adequados;
• Não usar medicamentos sem orientação
médica. A automedicação pode ser prejudicial
à saúde.