Campinas, 27 de agosto de 2009, às 15h40
Secretaria de Saúde de Campinas
Nota à imprensa
Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. TENDÊNCIA DE DIMINUIÇÃO DE CASOS
• A Secretaria Municipal de Saúde
informa nesta segunda-feira, 31 de agosto,
que foi confirmado 1
NOVO CASO de infecção pelo
vírus Influenza A (H1N1) em morador de
Campinas. Com esta ocorrência, a Vigilância
em Saúde de Campinas acumula 176
CASOS CONFIRMADOS da doença no
município. Entre estes casos, estão
confirmadas 12 MORTES,
sendo oito mulheres e quatro homens. Uma das
mulheres que evoluíram para óbito estava
grávida. A média de idade dos óbitos foi de
35 anos.
• De acordo com análise epidemiológica da
Vigilância em Saúde, Campinas manteve a
redução no número absoluto de casos graves
de Influenza A (H1N1) na Semana
Epidemiológica (SE) 34, de 23 a 29 de
agosto. Essa tendência já havia sido
observada na SE 33, de 16 a 22 de agosto. No
entanto, é necessária análise de um período
mais prolongado para concluir que a
tendência seja definitiva.
• Segundo o sexo, do total de casos (dos 176
confirmados), 72 foram em homens (41%) e 104
em mulheres (59%), sendo nove gestantes.
Quando se avalia proporção de casos por
faixa etária acometida, observa-se que a
influenza A (H1N1) tem atingido
principalmente indivíduos entre 21 e 40 anos
(87 casos), mas em agosto a concentração
nesta faixa etária diminuiu aumentando a
proporção em outras faixas etárias como as
de 11 a 20 anos e 41 a 60 anos.
• De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e
Vigilância Epidemiológica da Influenza, de
15 de julho, baseado em recomendações da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não está
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país.
Portanto, os casos
confirmados em Campinas não representam a
totalidade.
• Dentro deste cenário, comunica que
investiga 3 ÓBITOS SUSPEITOS
de Doença Respiratória Aguda Grave (DRAG),
que serão investigados também para Influenza
A (H1N1).
2. RECOMENDAÇÕES DA OMS PARA USO DE
MEDICAMENTOS
• Documento da OMS com
recomendações aos países sobre o uso de
antivirais no tratamento de pacientes
infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça
o protocolo que o Brasil já vem adotando
desde julho. Entre as recomendações está a
de que “pacientes saudáveis sem doenças
complicadoras (comorbidades) não precisam
ser tratados com antivirais”. Veja a
tradução do documento e o link para o
original (em inglês) em
www.saude.gov.br
3. PROVIDÊNCIAS
•
Capacitação das redes de saúde pública e
privada;
•
Reuniões com setores hoteleiro, de turismo,
comercial, de educação e com a RMC;
•
Reunião com secretariado e autarquias
municipais;
•
Reunião com o Conselho Municipal de Saúde;
•
Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
•
Incremento do plantão de vigilância;
•
Reorganização da rede de assistência;
•
Adiamento do início das aulas para todas as
escolas públicas até dia 17 de agosto,
suspensão das aulas na educação infantil até
esta mesma data e recomendação da
prorrogação das férias também para a rede
privada inclusive universidades e
faculdades;
•
Adequação da logística de recursos materiais
e humanos;
•
Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
•
Divulgação de orientação técnica para que
gestantes trabalhadoras que atuem em contato
direto com o público, particularmente na
área da saúde, fossem deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições
estudassem alternativas legais de
afastamento temporário destas mulheres;
•
Criação do Comitê Assessor Municipal
da Influenza A (H1N1), constituído por
pessoas que representam outros setores da
saúde no município, das áreas científica e
de assistência, para somar forças com a
Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes. Este comitê já se reuniu duas
vezes;
•
Ampliação do acesso à medicação a partir de
15 de agosto, data em que os pacientes
moradores de Campinas com síndrome gripal e
com fator de risco para complicações
passaram a ser encaminhados para a retirada
do medicamento no Hospital Municipal Mário
Gatti – no Acolhimento do Pronto-Socorro –,
na avenida Faria Lima, das 7h às 23h, e no
Complexo Hospitalar Ouro Verde - na farmácia
externa do Pronto-Socorro, na avenida Ruy
Rodrigues, 3034, com atendimento 24 horas.
•
Na volta às aulas, a Prefeitura
intensificou as ações de educação
em saúde, informação e mobilização social
com a distribuição de 300 mil folhetos entre
alunos, pais e professores com orientação
sobre a nova gripe, sintomas, orientações
sobre crianças com sinais – que não devem
freqüentar a escola e precisam de
atendimento médico – e sobre afastamento
para os alunos com síndrome gripal – que
devem permanecer em casa por sete dias após
início de sintomas;
•
Divulgação de boletins
epidemiológicos.
4. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA
REGIÃO:
•
No
mundo, segundo a OMS, pelo menos 209.438
pessoas já foram infectadas pelo Influenza A
(H1N1). Pelo menos 2.185 morreram por causa
da doença. No Brasil, foram confirmados
557 óbitos por Influenza
A, segundo boletim divulgado pelo Ministério
da Saúde no dia 26 de agosto. No Estado de
São Paulo, foram 223 ÓBITOS.
Na Região de Campinas, são mais de 40.
No comparativo com os 15 países com maior
número de mortes, o Brasil tem a 7ª taxa de
mortalidade, que representa o percentual de
óbitos em relação à população de cada pais.
5. RECOMENDAÇÕES:
A
Vigilância em Saúde de Campinas reforça as
medidas de prevenção e proteção individual
que neste momento são as mais importantes
para reduzir o risco da propagação da doença
no município e no País. As medidas são:
•
Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz
e a boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
•
Lavar as mãos frequentemente com água
e sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
•
Não compartilhar alimentos, copos,
toalhas e objetos de uso pessoal.
•
Pessoas com qualquer gripe não devem
freqüentar ambientes fechados e com
aglomeração de pessoas;
•
Procure o seu médico ou a unidade de
saúde em caso de gripe para diagnóstico e
tratamento adequados;
•
Não usar medicamentos sem orientação
médica. A automedicação pode ser prejudicial
à saúde.
Para mais informações, disque 156
ou 160 ou acesse
www.campinas.sp.gov.br/saude