Ocorrências de casos humanos de
Influenza A (H1N1)
1. CASOS EM CAMPINAS
1.1
- A Secretaria Municipal de
Saúde informa nesta sexta-feira, 21 de
agosto, a ocorrência de 7 NOVOS
CASOS de infecção pelo vírus
Influenza A (H1N1) em moradores de Campinas.
1.2
- Com os novos casos, a
Secretaria de Saúde de Campinas registra um
total de 167 CASOS CONFIRMADOS
da doença no município.
1.3 – Informa, ainda, que foi registrado
1 NOVO ÓBITO de morador
de Campinas. Trata-se de uma pessoa do sexo
masculino, na faixa etária de 5 a 9 anos.
Este paciente ficou internado em um hospital
da rede privada de saúde de Campinas e
morreu no dia 11 de agosto. Ele tinha doença
preexistente, ou seja: estava incluído no
grupo com maior risco para desenvolver as
formas graves da Influenza A (H1N1) - com
comorbidade.
1.4 – Com este novo óbito, em Campinas,
estão confirmadas 12 MORTES
pela Influenza A (H1N1), sendo oito mulheres
e quatro homens. Das 8 mulheres, uma estava
grávida. A média de idade dos óbitos foi de
35 anos.
1.5 – Segundo o sexo, do total de casos (dos
167 confirmados), 69 foram em homens (41,3%)
e 98 em mulheres (58%), sendo nove
gestantes. Quando se avalia proporção de
casos por faixa etária acometida, observa-se
que a influenza A/H1N1 tem atingido
principalmente indivíduos entre 21 e 40
anos, mas em agosto a concentração nesta
faixa etária diminuiu aumentando a proporção
em outras faixas etárias como 11 a 20 anos e
41 a 60 anos.
1.6 - As tendências temporais dos casos
confirmados e suspeitos de influenza no
município
de Campinas parecem indicar que o período
mais crítico foi o final de julho e início
de agosto e que nas últimas semanas existe
uma tendência de diminuição de casos. Esta
tendência deve ser observada nos próximos
dias para avaliar o comportamento da curva
epidêmica e se verificar se este declínio se
mantém.
1.7 – Também estão confirmados em Campinas
3 SUR TOS, em creche, com três
casos, e serviços de saúde, com cinco casos
e seis casos. Outros dois surtos estão em
investigação. Com o retorno dos escolares,
poderá ocorrer aumento dos casos de doenças
respiratórias, entre os quais a Influenza,
com possibilidade de novos surtos
institucionais.
1.8 - Vale destacar que o total de casos é o
resultado acumulado desde os primeiros
registros confirmados de infecção em
moradores de Campinas, no dia 19 de junho.
Foram dois casos com início de sintomas no
dia 14 de junho. Eram dois adultos
procedentes da Argentina. A quase
totalidade desses pacientes já recebeu alta
ou está em processo de recuperação.
1.9 -
De acordo o
Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância
Epidemiológica da Influenza, de 15 de julho,
baseado em recomendações da Organização
Mundial da Saúde (OMS), não está mais
indicada a identificação individual de cada
caso de influenza pelo novo H1N1, mas a
notificação, investigação, diagnóstico
laboratorial e tratamento dos casos com
síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e
dos grupos de risco para desenvolver formas
graves, assim como identificação de novos
focos da doença no país. Portanto,
os casos confirmados em Campinas não
representam a totalidade.
Os grupos
com maior risco para desenvolver as formas
graves da doença são os seguintes:
- Gestação;
- Idade menor que 2 e maior que 60 anos;
- Pessoas com doenças que debilitam o
sistema imunológico (defesas do organismo),
como câncer e aids; ou que tomam
regularmente medicamentos que debilitam o
sistema imunológico;
- Doenças crônicas preexistentes, como
problemas cardíacos (como arritmias),
pulmonares (exemplos: bronquite e asma),
renais (pessoas que fazem hemodiálise, por
exemplo) e sanguíneos (como anemia e
hemofilia); diabetes e obesidade mórbida.
1.10 –
Dentro deste cenário, comunica que investiga
3 ÓBITOS SUSPEITOS
de Doença Respiratória Aguda Grave (SRAG),
que serão investigados também para Influenza
A (H1N1).
1.11 - Cabe
destacar que, de acordo com o novo protocolo,
o cálculo da taxa de letalidade em relação
ao total de casos de influenza não é mais
utilizado como parâmetro para monitorar o
comportamento da doença, uma vez que os
casos leves não são mais notificados, exceto
em surtos, segundo recomendação da
Organização Mundial de Saúde (OMS). Em
Campinas, a mortalidade neste momento é de
0,84/100 mil habitantes.
2.
PROVIDÊNCIAS
2.1 – O monitoramento da circulação do novo
vírus no município está sendo feito pela
Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância
em Saúde e Vigilâncias Distritais com apoio
dos Núcleos de Vigilância dos hospitais, com
base no acompanhamento dos casos suspeitos e
confirmados.
2.2 – A
Secretaria de Saúde informa que tem
monitorado casos graves junto aos hospitais
públicos e privados de Campinas e
disponibilizado suporte técnico e logístico
para toda rede pública e privada de saúde do
município – com disponibilização de
medicamento para casos em que há indicação
conforme Protocolo do Ministério da Saúde e
investigação laboratorial -, para que todos
os pacientes sejam tratados adequadamente.
Essas medidas têm o objetivo de realizar
diagnóstico precoce e proporcionar
tratamento ágil a todos que necessitem, no
sentido de reduzir a possibilidade de
óbitos.
2.3. –
Outras PROVIDÊNCIAS adotadas
por Campinas:
-
Capacitação das redes de saúde pública e
privada;
- Reuniões
com setores hoteleiro, de turismo,
comercial, de educação e com a RMC;
- Reunião
com secretariado e autarquias municipais;
- Reunião
com o Conselho Municipal de Saúde;
-
Elaboração do plano de contingência e
protocolo de atendimento;
-
Incremento do plantão de vigilância;
-
Reorganização da rede de assistência;
- Adiamento
do início das aulas para todas as escolas
públicas até dia 17 de agosto, suspensão das
aulas na educação infantil até esta mesma
data e recomendação da prorrogação das
férias também para a rede privada inclusive
universidades e faculdades;
- Adequação
da logística de recursos materiais e
humanos;
-
Incremento constante das ações de
comunicação, informação e mobilização
social, tendo sido firmadas recentemente
parcerias com a Emdec, para campanha na
Rodoviária e entre motoristas e cobradores,
e com a Unimed Campinas, para campanha entre
profissionais de saúde cooperados e para a
população em geral;
- Além
disso, a Vigilância em Saúde divulgou
orientação técnica onde indica que gestantes
trabalhadoras que atuam em contato direto
com o público, particularmente na área da
saúde, sejam deslocadas para novas
atribuições ou afastadas de suas atividades,
de acordo com as especificidades de cada
local ou, na impossibilidade de
transferência, que as instituições estudem
alternativas legais de afastamento
temporário destas mulheres;
- Criação
do Comitê Assessor Municipal da
Influenza A (H1N1), com objetivo de agregar
pessoas que representam outros setores da
saúde no município, das áreas científica e
de assistência, que possam somar forças com
a Administração Municipal nas decisões,
medidas de controle e de assistência aos
pacientes.
- Ampliação
do acesso à medicação a partir de 15 de
agosto, data em que os pacientes moradores
de Campinas com síndrome gripal e com fator
de risco para complicações, que necessitem
da medicação Oseltamivir, passam a ser
encaminhados para a retirada do medicamento
no Hospital Municipal Mário Gatti – no
Acolhimento do Pronto-Socorro –, na avenida
Faria Lima, das 7h às 23h, e no Complexo
Hospitalar Ouro Verde - na farmácia externa
do Pronto-Socorro, na avenida Ruy Rodrigues,
3034, com atendimento 24 horas.
2.4 – A Prefeitura informa que o início das
aulas na rede pública municipal de educação
foi mantido para o dia 17 de agosto. A
medida inclui Centros
Municipais de Educação Infantil (Cemeis),
creches municipais conveniadas, pré-escola,
ensino fundamental e Educação de Jovens e
Adultos. A decisão atinge pelo menos 65 mil
alunos em todo município. A medida teve como
objetivo conter o avanço da epidemia da nova
gripe (Influenza A H1N1), já que reduz a
capacidade de disseminação do vírus na
comunidade, e preservar a saúde das
crianças, já que o comportamento social dos
pequenos facilita a transmissão entre eles.
Na volta às aulas, foram intensificadas as
ações de educação em saúde, informação e
mobilização social com a distribuição de 300
mil folhetos entre alunos, pais e
professores com orientação sobre a nova
gripe, sintomas, orientações sobre crianças
com sinais – que não devem freqüentar a
escola e precisam de atendimento médico – e
sobre afastamento para os alunos com
síndrome gripal – que devem permanecer em
casa por sete dias após início de sintomas.
3. ÓBITOS NO ESTADO DE SÃO PAULO E NA
REGIÃO:
3.1- No
Brasil, foram confirmados 368
óbitos por Influenza A, segundo boletim
divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 18
de agosto. No Estado de São Paulo, foram
confirmados 151 ÓBITOS. Na
Região de Campinas, até dia 20 de agosto,
são 36.
4.
RECOMENDAÇÕES:
Diante da
situação epidemiológica atual da influenza,
a Vigilância em Saúde de Campinas
reforça as medidas de prevenção e proteção
individual que neste momento são as mais
importantes para reduzir o risco da
propagação da doença no município e no País.
As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a
boca com um lenço, preferencialmente
descartável.
- Lavar as mãos frequentemente com água e
sabão, especialmente depois de tossir ou
espirrar.
- Evitar locais fechados com aglomeração de
pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas
doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas
e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Em caso de adoecimento, procurar
assistência médica e informar história de
contato com doentes ou/e roteiro de viagens
recentes.
- Não usar medicamentos sem orientação
médica.
- Pessoas com sintomas de gripe
(febre,
tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça
ou pelo corpo e desconforto respiratório
como dor e dificuldade para respirar)
devem procurar o
profissional de saúde onde habitualmente já
se consultam para avaliação do médico e
monitoramento clínico, diagnóstico precoce
de gravidade e investigação epidemiológica
de casos graves e surtos. Elas não devem ir
ao trabalho e à escola ou a locais de
aglomeração de pessoas.
Os hospitais
devem ser reservados para os casos mais
graves.
Para as
escolas, as orientações são:
A Influenza
A (H1N1) é uma doença respiratória aguda
(gripe), causada pelo vírus influenza A
(H1N1). Este novo vírus da influenza, assim
como a gripe comum, é transmitido de pessoa
a pessoa principalmente, por meio de tosse
ou espirro e de contato com secreções
respiratórias de pessoas infectadas. Os
sintomas são: febre e tosse podendo estar
acompanhadas de dor de cabeça, dores
musculares e nas articulações e dor de
garganta.
Todos que
apresentarem um desses sintomas acima
não deverão freqüentar a escola
e deverão consultar um serviço de
saúde. Se o diagnóstico for síndrome
gripal a pessoa deve permanecer em domicílio
por sete dias após o início dos sintomas
para evitar a transmissão do vírus para
pessoas sadias.
As
seguintes medidas de higiene devem ser
tomadas e incentivadas para evitar o
contágio:
-
Higienizar as mãos frequentemente com
água e sabão ou com solução álcool-gel;
-
Evitar tocar os olhos, nariz ou boca
após contato com superfícies;
- Não
compartilhar copos e utensílios, sem que
sejam previamente limpos;
-
Proteger com lenços (preferencialmente
descartáveis a cada uso) a boca e nariz
ao tossir ou espirrar;
-
Pessoas com síndrome gripal devem evitar
entrar em contato com outras pessoas,
devem evitar aglomerações e ambientes
fechados e, se não for possível, usar
máscaras cirúrgicas;
-
Manter ambientes ventilados, inclusive
no transporte escolar;
-
Manter uma boa alimentação e hábitos
saudáveis;
-
Manter os brinquedos limpos usando água
e sabão para a higienização;
- Se
afastado da escola, não participar de
atividades extraescolares que envolvam
grupos sociais, permanecendo em repouso
para a adequada recuperação e não
transmissão da doença;
- Não
tomar medicamento sem indicação médica.
A automedicação pode mascarar sintomas,
retardar o diagnóstico e até causar
resistência do vírus;
-
Todas as pessoas que apresentarem
sintomas da gripe deverão procurar um
serviço de saúde para avaliação e
monitoramento
-
Para
maiores informações: 160 ou
www.campinas.sp.gov.br/saude