62 Nota para a imprensa sobre a Influenza A

03/08/2009

Campinas, 3 de agosto de 2009, às 18h

Nota à imprensa

Ocorrências de casos humanos de Influenza A (H1N1)

1. CASOS EM CAMPINAS
1.1 - A Secretaria Municipal de Saúde informa na tarde desta segunda-feira, 3 de agosto, que foram confirmados 4 NOVOS CASOS de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) em moradores de Campinas.
1.2 - Com os novos casos, a Secretaria de Saúde registra um total de
100 CASOS CONFIRMADOS da doença, sendo cinco óbitos (
uma mulher de 37 anos que morreu dia 23 de julho; uma mulher de 48 anos que morreu dia 27; uma mulher de 54 que faleceu dia 25 de julho; uma mulher de 17 anos que morreu dia 31 de julho e havia dado à luz a gêmeos; e uma mulher de 30 anos que morreu dia 2 de agosto e que era moradora de outro estado). Entre estes 96 casos estão computados três referentes a um surto em creche. Vale destacar que o total de casos é o resultado acumulado desde os primeiros registros confirmados de infecção em moradores de Campinas, no dia 19 de junho. A quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em processo de recuperação.
1.3 De acordo o Protocolo de Manejo Clínico e Vigilância Epidemiológica da Influenza, de 8 de julho, baseado em recomendações da Organização Mundial da Saúde, não está mais indicada a identificação individual de cada caso de influenza pelo novo H1N1, mas a notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e dos grupos de risco para desenvolver formas graves, assim como identificação de novos focos da doença no país.
1.4 – Dentro deste cenário, comunica que investiga
6 ÓBITOS suspeitos de Doença Respiratória Aguda Grave (SRAG), que estão sendo analisados para várias doenças inclusive para Influenza A (H1N1). Os exames destes pacientes estão sendo processados. São 5 mulheres: 26 anos (comorbidade) falecida dia 1 de agosto; 32 anos (comorbidade) falecida dia 30 de julho; 36 anos (sem comorbidade) falecida dia 17 de julho; 32 anos (sem comorbidade) falecida dia 17 de julho; 56 anos (sem comorbidade) falecida dia 8 de julho; e um homem de 35 anos (comorbidade) falecido dia 20 de julho.
Neste balanço, foi acrescentado um caso que morreu no sábado, dia 1 de agosto em um hospital da rede pública – Mulher de 26 anos com comorbidade. Também foi descartado 1 caso para H1N1 porque foi confirmado para influenza sazonal – Mulher de 34 anos falecida dia 24 de julho em um hospital conveniado do SUS.
1.5 – Também analisa
7 SURTOS, em escolas, serviços de saúde e hotel.

2. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS EM CAMPINAS E PROVIDÊNCIAS
2.1 – Dos 100 casos positivos em Campinas, 95 foram confirmados por exames laboratoriais e 5 por critério clínico-epidemiológico.
2.2 –A análise epidemiológica realizada até o momento indica que a faixa etária mais acometida tanto pelo vírus H1N1 quanto pelo vírus da influenza sazonal é a de 20 a 49 anos (69 casos, o que equivale 69% dos casos confirmados). Do total de casos, 42 são em homens (42%) e 58 em mulheres (58%).
2.3 - O monitoramento da circulação do novo vírus no município está sendo feito pela Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde e Vigilâncias Distritais com apoio dos Núcleos de Vigilância dos hospitais, com base no acompanhamento dos casos suspeitos e confirmados.
2.4 – A Secretaria de Saúde ressalta que, de acordo com protocolo do Ministério da Saúde, tem encaminhado casos graves para hospitais de referência e disponibilizado suporte técnico e logístico para toda rede pública e privada de saúde do município – com disponibilização de medicamento e investigação laboratorial -, para que todos os pacientes sejam tratados adequadamente. Essas medidas têm o objetivo de realizar diagnóstico precoce, tratamento ágil a todos que necessitem, no sentido de reduzir a possibilidade de óbitos.
2.5 –
PROVIDÊNCIAS já adotadas por Campinas: capacitação das redes de saúde pública e privada; reuniões com setores hoteleiro, de turismo, comercial, de educação e com a RMC; reunião com secretariado e autarquias municipais; reunião com o Conselho Municipal de Saúde; elaboração do plano de contingência e protocolo de atendimento; incremento do plantão de vigilância; reorganização da rede de assistência; adiamento do início das aulas para todas as escolas públicas pelo menos até dia 10 de julho com possibilidade de prorrogação, suspensão das aulas na educação infantil e recomendação da prorrogação das férias também para a rede privada inclusive universidades e faculdades. Também foi adequada a logística de recursos materiais e humanos; e estão sendo incrementadas constantemente as ações de comunicação, informação e mobilização social, tendo sido firmada recentemente parceria com a Emdec para uma grande campanha na Rodoviária e entre motoristas e cobradores.


3.
RECOMENDAÇÕES:

Diante da situação epidemiológica atual da influenza, a Vigilância em Saúde de Campinas reforça as medidas de prevenção e proteção individual que neste momento são as mais importantes para reduzir o risco da propagação da doença no município e no País. As medidas são:
- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.
- Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas.
- Evitar o contato direto com pessoas doentes.
- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes ou/e roteiro de viagens recentes.
- Não usar medicamentos sem orientação médica.
- Pessoas com sintomas de gripe (febre, tosse, coriza e dores de garganta, de cabeça ou pelo corpo e desconforto respiratório como dor e dificuldade para respirar) devem procurar o profissional de saúde onde habitualmente já se consultam para avaliação do médico e monitoramento clínico, diagnóstico precoce de gravidade e investigação epidemiológica de casos graves e surtos. Elas não devem ir ao trabalho e à escola ou a locais de aglomeração de pessoas. Os hospitais devem ser reservados para os casos mais graves.

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