CCZ vacinou 140 animais em bloqueio contra a raiva na Vila Nova

08/08/2006

Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Prefeitura de Campinas, vacinaram 140 animais entre cães e gatos nestas segunda e terça-feiras, 7 e 8 de agosto, durante bloqueio contra a raiva animal no bairro Vila Nova, na abrangência do Centro de Saúde (CS) Costa e Silva, região leste de Campinas.

O trabalho incluiu orientação à população sobre a doença, como proceder ao encontrar morcego caído vivo ou morto e necessidade de vacinar animais domésticos durante campanhas anuais e nas ações de bloqueio.

Segundo o médico veterinário Ricardo Conde Alves Rodrigues, do CCZ, o bloqueio foi desencadeado na segunda-feira, 7, imediatamente após confirmação de um caso positivo de raiva em morcego não hematófago encontrado em uma residência na rua Eleutério Rodrigues. O exame foi realizado pelo Instituto Pasteur, referência para a raiva.

A Secretaria de Saúde informou que este é o segundo caso da doença confirmado em morcego na cidade em 2006. A primeira ocorrência foi notificada há 23 dias, em 17 de julho, também na região Leste, no bairro Boa Esperança. Em 2005, foram cinco.

Ricardo informa que as ações de bloqueio, indicadas pelo Instituto Pasteur, são desencadeadas sempre que é confirmado um caso de raiva. "É uma medida preventiva, para evitar outros casos a partir deste registro, afirma.

De acordo com a coordenação do CCZ de Campinas é fundamental promover a educação em saúde, utilizando todas as formas possíveis de divulgar, entre a população, informações sobre a raiva, cuidados a serem adotados ao encontrar morcegos e o risco que este animal representa na transmissão da doença.

Além disso, segundo o CCZ, é necessário divulgar a importância de manter gatos e cães vacinados, uma vez que, se estes animais não estiverem protegidos, aumenta muito o risco de serem registrados casos em animais e em humanos. A transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão.

Portanto, a transmissão pode ocorrer diretamente do morcego para o ser humano, do morcego para o animal e do animal infectado para o homem, diz Ricardo. Segundo o Instituto Pasteur, no Brasil, em espaços urbanos, o principal transmissor da raiva para o homem é o cão, seguido do gato. Em espaços rurais é o morcego.

O veterinário diz ainda que é importante que a população se empenhe para vacinar os gatos. A ênfase vale tanto para as ações de bloqueio como para as campanhas de vacinação. Os felinos são mais predadores e estão mais sujeitos a morder um morcego contaminado, diz Ricardo.

O médico veterinário sanitarista Antonio Carlos Coelho Figueiredo, coordenador do CCZ de Campinas, aproveita a ocasião para informar sobre a campanha de vacinação contra a raiva animal, que acontece em cinco finais de semana dos meses de setembro e outubro. Ele reforça a orientação de Ricardo para que a população também leve os gatos aos postos, não apenas cachorros. Este ano, a meta de Campinas é vacinar mais de 170 mil animais.

Saiba mais. A raiva é uma doença que acomete todas as espécies de mamíferos e que pode ser transmitida aos homens, sendo portanto, uma zoonose. É causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais. O Brasil é o país com o maior número de casos de raiva humana na América Latina.

Confira as datas da campanha:

2 e 3 de setembro: região Leste

16 e 17 de setembro: região Sudoeste

23 e 24 de setembro: região Norte

7 e 8 de outubro: região Noroeste

21 e 22 de outubro: região Sul

Denize Assis

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