Ações da Prefeitura para conter a Dengue reduzem incidência da doença

07/08/2002

Secretaria de Saúde prossegue com intervenções
para conter a epidemia, considerada grave. Este ano,
foram confirmados 1.396 casos, sendo 1.193 autóctones

O conjunto de ações desenvolvidas por Campinas para combater a dengue tem conseguido manter a epidemia sob controle. A incidência da doença diminuiu muito nos últimos dois meses. A Secretaria de Saúde chegou a confirmar, em fevereiro, 345 casos autóctones. Em junho, foram confirmados 42 casos e, em julho, foram perto de 20.

A queda se deve às medidas de intervenção e também porque é esperado, nesta época do ano, uma redução dos casos devido à sazonalidade da doença. A Secretaria de Saúde, no entanto, continua atenta para detectar qualquer caso suspeito da doença e desencadear as medidas para conter a transmissão do vírus, já que, embora os casos tenham reduzido, a transmissão continua.

Nesta quinta-feira (8 de agosto), equipes da Secretaria de Saúde continuam as intervenções no Projeto Uruguai, que está localizado na área de abrangência do CS (Centro de Saúde) Ipaussurama, na região Noroeste da cidade. A ação é um trabalho conjunto dos profissionais da Visa Noroeste (Vigilância em Saúde), da Sanasa e do CS Ipaussurama.

As equipes pretendem visitar 420 residências em 30 ruas. Para esta quinta-feira está prevista colocação de telas milimetradas em caixas d’água de 25 residências, além da limpeza de recipientes que armazenam o produto.

No sábado (10 de agosto), haverá atividades no Parque Boa Vista, na área do CS Santa Bárbara, na Região Norte. Lá também será realizada limpeza em caixas d’água. A ação terá parceria da Ecocamp.

A Sanasa e a CPFL estão atuando com a Secretaria de Saúde para sensibilizar a população para a necessidade constante da eliminação de criadouros, inclusive nos meses de menor incidência da doença. Neste mês, as duas empresas já começaram a veicular nas contas a seguinte mensagem: "A dengue é uma doença grave que ocorre também no inverno. Combata o mosquito. Elimine qualquer recipiente que acumule água".

Além disso, a Prefeitura está atuando nos pontos de risco, que são os locais que oferecem condições propícias para a proliferação do mosquito que transmite a dengue. Na última terça-feira (6 de agosto), as Secretarias de Saúde e de Serviços Públicos, interditaram e iniciaram a remoção das cerca de 150 toneladas de material acumulados no Ferro Velho do Antenor, localizado na avenida Rui Rodrigues na esquina com a rua Antônio Augusto, no Jardim Novo Campos Elíseos, na Região Sudoeste de Campinas.

O Ferro Velho do Antenor é um problema sanitário grave porque oferece grande risco à saúde pública, já que é foco de vetores como ratos, mosquitos, baratas, entre outros. A empresa é clandestina, não tem autorização de uso, nem alvará sanitário.

Alerta – A Secretaria de Saúde também tem alertado os profissionais de saúde para que redobrem a atenção e notifiquem qualquer caso suspeito da dengue. A falta de detecção dos casos nesta fase pode acarretar em níveis baixos de circulação do vírus e, conseqüentemente, num aumento de casos no verão.

A Secretaria de Saúde também tem sensibilizado os profissionais de saúde para que eles levem em conta que, apesar da seca, enfrentamos um inverno atípico, com temperaturas elevadas. Isso aumenta a probabilidade de que qualquer recipiente ou objeto que acumule água se transforme num criadouro permanente do mosquito, o que pode manter níveis baixos de infestação do mosquito e de circulação do vírus.

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