A
Secretaria de Saúde prossegue, na próxima semana, com o
cadastramento dos imóveis localizados nas imediações das Mansões
Santo Antônio. O objetivo da Secretaria de Saúde é obter
dados sobre os moradores – como tempo de moradia no local, por
exemplo - e saber também se eles utilizam água que provém do
solo, como água de poço ou de nascente, para uso pessoal e
para irrigação de plantas.
No
local, durante vinte anos, esteve instalada a fábrica de
recuperação de solventes Proquima, que contaminou o solo e o
lençol freático do lugar. Porém, depois da desativação da
empresa, o terreno foi vendido para a construtora Concima, que
levantou três blocos de edifícios no local, sendo que um deles
já está ocupado por moradores. A contaminação já
ultrapassou a área do terreno da construção, atingindo distância
de quase 200 metros.
Durante o
levantamento, o moradores são informados sobre a contaminação
do local e serão também orientados a consumir somente água
tratada.
No primeiro
levantamento, realizado a cerca de 10 dias, profissionais da
Secretaria de Saúde estiveram em 200 imóveis. Deste total, 79
estavam fechados e 52 eram terrenos desocupados. Das 69
propriedades vistoriadas, 32 têm horta ou pomar e os proprietários
foram orientados a não utilizar água do solo para irrigar as
plantas.
No
cadastramento, também foram identificados sete poços rasos,
dos quais dois já estão interditados, além de quatro poços
profundos e três nascentes, sendo que uma já está
interditada.
Na última
sexta-feira (28 de junho), profissionais da Secretaria de Saúde
se reuniram com representantes do CVE (Centro de Vigilância
Epidemiológica) e do CVS (Centro de Vigilância Sanitária) da
Secretaria de Estado. Eles conheceram a área, receberam um histórico
sobre as investigações e salientaram ser indispensável que a Prefeitura
de Campinas tenha em mãos os relatórios da Concima sobre
a contaminação. Também ficou definido que a Secretaria de
Estado fará reuniões periódicas com Campinas para auxiliar e
apoiar os trabalhos.