Autor: Diego Geraldo
A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe alcançou 72,34% do público alvo em Campinas. Foram aplicadas 133.999 doses entre os dias 5 de maio e 15 de junho. A meta era imunizar 80% das 185.237 pessoas que podem ser vacinadas.
Apesar do fim da campanha, as doses continuam disponíveis nos 63 Centros de Saúde até o final do estoque. Devem ser vacinadas pessoas com 60 anos ou mais, doentes crônicos, gestantes, crianças a partir de seis meses e menores de dois anos, indígenas e profissionais de saúde. Eles fazem parte do grupo prioritário para vacinação, no qual a doença é mais grave.
Com 17.409 doses aplicadas de 18.129 calculadas, a maior adesão foi entre os profissionais de saúde, que alcançou 96,03%. Em seguida vêm as crianças, com 17.407 aplicações para 22.205 possíveis, chegando a 78,39%.
Já entre as pessoas com mais de 60 anos, o índice ficou em 68,7%, com 91.921 vacinas aplicadas entre 133.801 disponíveis. O menor índice foi entre as gestantes, com 7.308 imunizações de 12.409 calculadas, índice de 66,47%.
Queda
No ano passado a cidade alcançou 78% do público alvo. Para a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Brigina Kemps, um dos motivos para a queda foi a distância de fatos que fazem as pessoas procurarem mais a vacinação. “Estamos mais distantes da pandemia de H1N1, que aconteceu em 2009 e as pessoas podem ter relaxado um pouco. Nossos índices estão muito parecidos com os das cidades do mesmo porte e até mesmo de São Paulo”, explicou.
Brigina alerta para o fato de que é necessário vacinar o quanto antes. “A vacina demora de 10 a 15 dias para fazer efeito, e pode ocorrer da pessoa que se imuniza muito tarde pegar a doença porque teve contato com o vírus neste prazo. Este é o período do ano em que existe a maior circulação do vírus”, alertou.
A vacina é trivalente, imuniza contra os vírus A (H1N1 e H3N2) e B. A vacinação contra a gripe é segura, eficaz, não transmite o vírus e é um dos meios de proteger esse grupo de risco contra complicações que a doença pode trazer, como pneumonias. Ela causa ainda impacto na diminuição das internações hospitalares.
