Campinas pretende vacinar mais de 60 mil crianças contra a poliomielite e aproximadamente 80 mil contra o sarampo

17/06/2011

Autor: Denize Assis e Marco Aurélio Capitão

A Secretaria Municipal de Saúde pretende vacinar pelo menos 95% das 68 mil crianças de Campinas menores de cinco anos (com até 4 anos, 11 meses e 29 dias) contra a paralisia infantil na primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, que será aberta neste sábado, dia 18 de junho.

Junto com a estratégia contra a poliomielite, Campinas promove a Campanha de Seguimento contra o Sarampo, para todas as crianças de 1 a 7 anos, independente de terem tomado doses anteriores. Em Campinas, a população nesta faixa etária é constituída por 85 mil moradores e a meta para este público é também de 95% de cobertura vacinal.

No sábado, os pais deverão levar seus filhos a um dos 304 postos, fixos e volantes, espalhados por todo o município. O horário de funcionamento é das 8h às 17h. Em parceria com as Vigilâncias em Saúde e Centros de Saúde, a imunização mobilizará, neste dia, 1.350 servidores da Prefeitura de Campinas. Mais de 120 motoristas em veículos da frota municipal darão apoio para as ações de logística e transporte das equipes.

Após esta data e até dia 1º de julho a vacinação prossegue nos 63 Centros de Saúde do município. Como em todas as campanhas, as equipes de saúde vão aproveitar para atualizar o cartão de vacinas da criança contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano, meningite, pneumonia e rotavírus. A atualização ocorre apenas em postos fixos.

Para se informar sobre os locais de vacinação, horário de funcionamento e disponibilidade da vacina os pais devem se informar pelo telefone 156 da Prefeitura ou pelo Disque Saúde, no160.

Segundo a enfermeira sanitarista Maria do Carmo Ferreira, da Vigilância em Saúde de Campinas, já são 21 anos sem casos de poliomielite no Brasil, graças à estratégia que alia as campanhas anuais, vacinação de rotina e vigilância de casos.

A vacina contra a poliomielite é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a única maneira de erradicar a doença em todo o mundo. “Essa estratégia é fundamental para garantir a erradicação da doença, pois funciona como uma barreira para o vírus da pólio que ainda circula em países da África e da Ásia”, afirma Maria do Carmo Ferreira.

Em relação ao sarampo, de acordo com Maria do Carmo, desde 1999, Campinas não registrava mais casos. No entanto, no início de 2011 o município confirmou um caso, de uma pessoa adulta, não vacinada, que viajou ao exterior e voltou com a doença. Também foram registrados casos em outras cidades da região e em outros estados, a maioria deles relacionada com as viagens ou que tiveram contato com pessoas que viajaram.

“Daí a necessidade dessa dose de reforço para todas as crianças de 1 a 6 anos de idade, independente de terem sido vacinadas anteriormente, para que possamos impedir um surto de sarampo aqui no Estado de São Paulo e no Brasil. A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir o sarampo. No caso das crianças é feita a tríplice viral que protege também contra rubéola e caxumba”, afirma a sanitarista.

A Secretaria de Saúde orienta a população para que esteja atenta aos sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um serviço de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica.

Volta ao índice de notícias