Saúde promove operação pente-fino contra a dengue no Jardim Santa Rita

02/06/2011

Autor: Denize Assis

A Secretaria de Saúde de Campinas mobiliza mais de 50 profissionais nestas quinta e sexta-feira, dias 2 e 3 de junho, numa operação pente-fino contra a dengue no Jardim Santa Rita de Cássia, na abrangência do Centro de Saúde (CS) São José. As equipes são compostas por ajudantes de controle ambiental, agentes comunitários de saúde e supervisores de dengue do Distrito de Saúde, Vigilância em Saúde Sul e CS São José.

A expectativa é visitar pelos menos 600 endereços nestes dois dias no condomínio Santa Cruz onde se localizam os condomínios Primavera 1 e 2 e nos bairros Raposo Tavares, Fernão Dias, Domingos Jorge Velho e Borba Gato. Estas comunidades estão com transmissão de dengue, tendo sido registrados cinco casos e outras dezenas de suspeitos nas últimas semanas. Em toda área do CS São José foram notificados 80 casos desde janeiro.

Os trabalhos incluem retirada de pequenos criadouros, busca ativa de pessoas com sintomas sugestivos e atividades de educação, informação e mobilização social sobre a doença. Os moradores serão comunicados sobre o arrastão que acontece nesta sexta-feira, dia 3, e sobre o bloqueio químico que acontece na próxima terça-feira, dia 7 de junho, e como devem preparar a residência para a nebulização. Também serão mapeados endereços onde, posteriormente, as equipes vão telar caixas d’água.

Segundo Silvani Foschini, supervisora de controle ambiental do CS São José, os principais criadouros na área são caixas d’água sem o devido cuidado. Além disso, as pessoas acumulam tambores, latas velhas e outros recipientes que são potenciais criadouros.

Silvani informa, também, que principalmente nas áreas de condomínio existe uma pendência de mais de 50%, ou seja, mais da metade das casas não podem ser visitadas pelas equipes de saúde porque os moradores não estão ou se recusam a receber os agentes.

“Por isso, solicitamos a compreensão e colaboração da comunidade para que recebam as equipes e transformem em prática as orientações. Os principais criadouros ainda são os encontrados nos domicílios, mais de 80% deles. São pneus, latas, plásticos, garrafas pet, potes, pratos de vasos de planta. A comunidade também costuma abandonar materiais inservíveis como sofás e outros móveis velhos. Há terrenos sujos e outras situações que extrapolam a competência da Secretaria de Saúde”, diz Silvani.

A supervisora de controle ambiental da Visa Sul, Margaret Isaque, afirma que é importante associar cada setor da sociedade na luta contra a dengue. “A Prefeitura tem intensificado seus trabalhos no combate à doença. Mas isto não basta. A dengue é um problema de todos. Ao Poder Público cabe manter a cidade limpa e organizada e cuidar dos pacientes. A cada cidadão cabe fazer a sua parte de cuidado com o espaço individual e com a cidade que é de todos”, diz.

Situação da doença. A Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Campinas divulgou novos números da dengue que apontam, no acumulado do ano, um total de 1.975 pessoas confirmadas com a doença no município. Entre estes casos, oito foram de dengue com complicações e 15 da forma hemorrágica. Não houve mortes. O número é menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. No último balanço, em 6 de maio, eram 1.277. O número de casos confirmados neste período não significa, necessariamente, que as pessoas adoecerem neste período.

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