Saúde prorroga vacinação contra nova gripe e inclui crianças de 2 anos a menores de 5 anos

21/05/2010

Autor: Denize Assis

A Campanha de Vacinação contra a gripe A (H1N1) será prorrogada em Campinas a partir de segunda-feira, dia 24 de maio, especialmente para as pessoas de 30 a 39 anos e gestantes, grupos nos quais a cobertura vacinal está baixa. Além da prorrogação, a estratégia agora vai contemplar uma nova faixa etária, a das crianças com idade entre 2 anos a menores de 5 anos de idade, que constituem um grupo de aproximadamente 42,8 mil pessoas. A Campanha está prevista para terminar em 2 de junho.

Também devem procurar um centro de saúde cidadãos dos demais públicos-alvo incluídos nas etapas anteriores que ainda não tomaram a sua dose. Isso inclui profissionais de saúde que atuam no enfrentamento à pandemia, crianças de seis meses a menores de 2 anos, portadores de doenças crônicas de todas as faixas etárias e adultos de 20 a 29 anos. Os idosos que ainda não se vacinaram contra a gripe comum também poderão ser imunizados até dia 2 de junho.

A prorrogação, válida para todo Brasil, atende a decisão do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A medida foi adotada considerando o estoque estratégico disponível da vacina contra a nova gripe, reservadas para eventualidades durante a campanha. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, crianças de 2 anos até 4 anos e 11 meses, que começam a ser vacinadas nesta segunda-feira, estão na faixa etária que apresenta maior vulnerabilidade a desenvolver complicações pela gripe H1N1, depois dos grupos prioritários já incluídos anteriormente na campanha de vacinação.

É importante ressaltar que este grupo deve receber a vacina em duas vezes. Por isso, 30 dias depois da primeira aplicação, as crianças precisam ser levadas de novo aos centros para tomar a segunda meia dose.

Balanço.

De acordo com o último balanço divulgado quinta-feira, dia 20 de maio, pela Vigilância em Saúde Municipal, Campinas já aplicou mais de 455,8 mil doses de vacina contra o vírus H1N1, da nova gripe. A cobertura vacinal ficou acima de 95% nos grupos compostos por profissionais de saúde que atuam no enfrentamento à pandemia, crianças entre seis meses e 2 anos, portadores de doenças crônicas de todas as faixas etárias e pessoas de 20 a 29 anos.

O último grupo prioritário, composto por adultos de 30 a 39 anos, foi o de menor adesão à estratégia até o momento, com 76.774 pessoas vacinadas, o que equivale a 42,8% dos moradores do município nesta faixa etária. Entre as gestantes, Campinas contabiliza a vacinação de 66,2%, ou 9.463 doses aplicadas. Do ponto de vista epidemiológico, toda campanha de vacinação deve proteger, pelo menos, 80% do público-alvo.

No Brasil, até as 18h desta quinta-feira, 20, já haviam sido vacinadas mais de 61 milhões de pessoas. Com esse número, o país alcança, até o momento, 70% do público-alvo da campanha.

Gripe Sazonal.

O balanço da vacinação de pessoas acima dos 60 anos contra a gripe sazonal ou gripe comum contabiliza mais de 62 mil pessoas já vacinadas em Campinas. Isso representa 49% do público-alvo da campanha que é de 127.909 cidadãos.

Casos graves da gripe H1N1.

Em 2010, em Campinas foram notificados 237 casos suspeitos da gripe H1N1. Desse total, dois foram confirmados – duas mulheres na faixa de 30 a 40 anos, sendo uma delas gestante -, 165 foram descartados e 70 ainda aguardam resultado de exames laboratoriais. Não houve óbitos entre os casos confirmados. Entre os casos em investigação, há uma morte. No Brasil, foram registradas 540 internações da gripe H1N1, até o dia 8 de maio.

Em 2009, em Campinas foram registrados 206 casos da nova gripe e dezessete pessoas morreram, sendo uma gestante. No Brasil, no ano passado, de 2.051 óbitos registrados, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas. Entre as grávidas (189 morreram, ao todo), a letalidade entre os casos graves foi 50% maior que na população geral. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total).

As crianças menores de dois anos tiveram a maior taxa de incidência de complicações no ano passado (154 casos por 100 mil habitantes). Já as crianças de 2 anos a menores de 5 anos, a incidência entre os casos graves confirmados foi de 24 por 100 mil. Finalmente, os adultos entre 30 e 39 anos representam a maior parcela de mortes – 22% do total.

Volta ao índice de notícias