A
Prefeitura de Campinas, por meio da Vigilância em Saúde
Norte, da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu no último
sábado, 21 de maio, uma grande operação de combate à
dengue no Jardim Rosália, abrangência do Centro de Saúde
(CS) Anchieta, Região Norte da cidade. O trabalho, que
integra a intensificação das ações de controle da doença
no município, teve como alvo 14 quarteirões no entorno
de uma quadra onde foram confirmados, nos últimos 30
dias, três casos autóctones – com transmissão na própria
comunidade – de dengue.
Durante
as atividades, uma equipe composta por 17 profissionais
entre agentes comunitários de saúde, supervisor de
controle ambiental, coordenador do CS Anchieta e funcionários
da Ecocamp visitou aproximadamente 500 residências em
busca de casos suspeitos da doença – ação chamada
tecnicamente de busca ativa. A população foi informada
sobre sintomas e maneiras de prevenir a dengue e sobre
quando procurar o serviço de saúde.
Os
profissionais de saúde também atuaram no combate ao
vetor, o Aedes aegypti, mosquito que transmite o vírus
da dengue. Mais de uma tonelada de criadouros do mosquito
– recipientes que podem acumular água – foi removida,
caixas d´água foram verificadas e cadastradas para serem
teladas e os moradores receberam orientação para
incorporar, nas suas ações diárias, o hábito de manter
seus quintais limpos e livres de qualquer recipiente que
possa acumular água.
Segundo o
supervisor de controle ambiental Nilton Santos Menezes, da
Visa Norte, foram reforçadas orientações para os
cuidados com as caixas d´água. "Nesta época de
seca, o mosquito migra para onde há água em abundância.
Então, é necessário manter todo cuidado com recipientes
para armazenagem de água, que precisam estar bem vedados,
sem frestas ou vazamentos", diz o supervisor.
Nilton
informa que o trabalho na comunidade, que inclui vigilância
epidemiológica, combate ao vetor, ações de educação
em saúde, comunicação e mobilização social, foram
reforçados e estão sendo mantidos na comunidade desde
meados de abril. As atividades são acompanhadas e
avaliadas. "Escolhemos este sábado para retornar à
residências porque nos trabalhos anteriores havíamos
verificado uma pendência alta, de até 43%, quando o
morador não encontra-se ou recusa-se a receber a equipe.
Portanto, escolhemos o sábado que é quando as famílias
costumam estar em casa", diz.
São
Marcos.
Também na Região Norte, na última quarta-feira, 18 de
maio, a Prefeitura promoveu trabalhos de combate à dengue
na área do Jardim São Marcos. A ação ocorreu em oito
quarteirões do bairro, após a confirmação de um caso
autóctone de dengue. Mais de 450 domicílios foram
visitados, dezenas de caixas d´água passaram por
vistoria e 720 quilos de materiais que podem servir de
criadouros além de 200 pneus foram removidos.
"A
área tem muita disponibilidade, a céu aberto, de
material de construção, principalmente louça sanitária
descartada, além de garrafas pet e pneus. Colhemos oito
amostras de larvas do mosquito para identificar a espécie,
que pode tratar-se do Aedes aegypti. Pontos de alto
risco, como ferros-velhos e borracharias foram trabalhados
em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses",
diz Roberto Ribeiro de Souza, supervisor de controle
ambiental da Visa Norte.
A
Secretaria de Saúde de Campinas informa que a intensificação
das ações de controle da dengue prosseguem, em toda
cidade, nesta semana e enquanto durar a transmissão com
enfoque para os locais onde estão sendo registrados casos
autóctones, entre os quais as áreas do Jardim Rosália e
do São Marcos. Nos dois bairros, ainda há casos de
pacientes com sintomas da doença que aguardam resultados
de exames laboratoriais. Todos estão em acompanhamento
pelas equipes de saúde e passam bem.
Vinte mil
mortes.
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública
no mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima
que, anualmente, 80 milhões de pessoas sejam infectadas
em 100 países de todos os continentes, exceto a Europa.
Do total, cerca de 550 mil necessitam de hospitalização
e 20 mil morrem em conseqüência da doença. Campinas tem
registrado casos da doença todos os anos, desde 1998.
Este ano, desde janeiro, foram confirmados 62 casos, 50
autóctones. Não houve mortes, nem registros de casos da
forma hemorrágica.
Mais informações:
Denize Assis
Telefones:
(19) 3735-0176 ou 8137-8565
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