A
Secretaria de Saúde de Campinas confirmou mais sete casos
de dengue nesta quinta-feira, 12 de maio, cinco deles no
Jardim Fernanda, na área do Centro de Saúde (CS) São
Domingos (Região Sul), onde estão concentradas 25 das 55
ocorrências da doença na cidade este ano. Os outros dois
casos são do Jardim Rosália (Região Norte) e da Vila
Perseu (Região Noroeste). Segundo a Vigilância em Saúde
(Visa) de Campinas, os pacientes já estão em
acompanhamento desde o momento da notificação da suspeita,
feita em meados de abril, e passam bem.
De acordo
com a Visa, a situação que mais preocupa neste momento é
a ocorrência localizada dos casos no São Domingos – nos
bairros Fernanda, Itaguaçu, Campo Belo 2 e Puccamp -, área
onde a epidemia explodiu em 2002 com 510 casos, dez da forma
hemorrágica. E, para reforçar o controle da doença nesta
comunidade, a Prefeitura adotou uma série de medidas que
incluem intensificação das ações de vigilância
epidemiológica, combate ao vetor – o Aedes aegypti
-, assistência aos pacientes, ações de educação em saúde,
comunicação e mobilização social, acompanhamento e
avaliação do trabalho.
As ações
foram implementadas a partir da última segunda-feira,
quando uma equipe de 50 profissionais passou a atuar
diariamente na área. Desde então, mais de 1 mil residências
foram visitadas, 1,3 mil caixas d´água passaram por
vistoria, dezenas foram teladas e centenas de moradores
foram orientados. Os trabalhos contam com parceria da
Superintendência do Controle de Endemias (Sucen) e da
Sanasa.
"A
atividade inclui até coleta domiciliar de sangue, no caso
de pessoas com suspeita da doença que não retornaram ao
Centro de Saúde para o procedimento", informa a bióloga
Heloísa Girardi Malavasi, da Visa Sul. Segundo Heloísa, os
exames nem sempre podem ser colhidos no momento em que é
feita a suspeita já que, para a coleta, o paciente precisa
estar com mais de quatro dias de febre.
Outra
providência adotada pela Secretaria de Saúde foi a divulgação
de informe técnico para profissionais de saúde sobre a
situação da doença na cidade, a ocorrência localizada de
casos autóctones no São Domingos e a necessidade de vigilância,
controle e, principalmente, para o atendimento médico e de
enfermagem que deve incorporar a prova do ‘laço’, um
teste em que o braço do paciente é pressionado por alguns
minutos para verificar a existência de manchas vermelhas na
pele.
"A
prova do laço permite identificar pacientes com potencial
de evoluir para algum sinal hemorrágico e, portanto, deve
ser realizado sistematicamente na rotina dos atendimentos
dos casos de dengue", diz a médica sanitarista Naoko
Silveira, da Visa de Campinas. Segundo a sanitarista, outros
sinais que indicam gravidade e para os quais os
profissionais devem estar atentos são hipotensão –
diminuição da pressão arterial – e dor abdominal.
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Denize Assis
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