Denize
Assis
A
Secretaria de Saúde de Campinas, por meio das equipes da
Vigilância em Saúde (Visa) Sul, promove nestas terça-feira
e quarta-feira, dias 19 e 20 de abril, uma megaoperação de
combate à dengue no Jardim Campo Belo 2, Região Sul da
cidade. A ação está sendo desencadeada devido à confirmação,
na semana passada, do primeiro caso autóctone da doença no
bairro neste ano.
A notificação
preocupa a Secretaria de Saúde porque o Jardim Campo Belo 2
tem uma infestação importante do mosquito Aedes aegypti,
que transmite o vírus da dengue – o índice de breteau é
5. Além disso, em 2002, ano em que Campinas enfrentou a
maior epidemia da doença de toda sua história recente,
foram registrados, no mesmo bairro, mais de 520 casos de
dengue, sendo pelo 100 com sinais hemorrágicos.
A megaoperação
inclui arrastão cata-bagulho, ações educativas, telagem
de caixas d´água, colocação de larvicida biológico nos
tambores de água e busca de outras pessoas com sintomas. Na
sexta-feira, dia 15, imediatamente após a confirmação do
caso autóctone, numa primeira busca ativa, foram
encontrados 12 suspeitos da doença.
Também no
dia 15, a Visa Sul promoveu cata-bagulho que resultou na
remoção de materiais inservíveis, como latas, potes e
pneus. "Porém, o grande problema do bairro são os
tambores de água. São pelo menos 500 residências que, sem
contar com abastecimento de água encanada por tratar-se de
uma invasão, possuem 1 mil tambores", informa a médica
veterinária Andréa Von Zuben, coordenadora da Visa Sul.
Segundo Andréa, durante a ação dos próximos dois dias,
estes tambores vão ser esvaziados, lavados e a Sanasa vai
abastecê-los novamente após a limpeza.
Os sintomas
da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor atrás
dos olhos. A pessoa com a doença também pode apresentar
dor nas juntas e manchas vermelhas na pele. Ao manifestar
algum destes sinais, o cidadão deve procurar o Centro de Saúde
rapidamente.
Desde
janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 17 casos
de dengue. Do total, oito são referentes a pessoas que
contraíram a doença em outros municípios - chamados casos
importados -, seis são autóctones - contraídos em
Campinas – e três ainda estão em investigação. No
mesmo período do ano passado, a Vigilância em Saúde havia
confirmado 22 casos, dos quais seis eram autóctones.