Denize
Assis
A Escola
Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) recebeu
nesta quinta-feira, dia 14 de abril, equipes da Secretaria
Municipal de Saúde para uma grande ação de combate à
dengue. Os trabalhos foram desenvolvidos por 15
profissionais da Vigilância em Saúde (Visa) Norte e do
Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e 10 alunos da EsPCEx
além de um capitão e um sargento. A atividade é mais
uma da série de medidas desencadeadas pela Prefeitura de
Campinas para o controle da dengue na cidade.
O grupo
visitou todas as dependências da escola, inclusive salas
de aula, vilas oficiais, residências, chafariz, estandes
de tiro, locais de lazer entre outros. Durante a ação,
foram inviabilizados criadouros e recolhidas amostras de
larvas para identificar se é o Aedes aegypti,
mosquito transmissor do vírus da dengue.
Segundo o
biólogo Ovando Provatti, da Visa Norte, o criadouro
encontrado com mais freqüência no local foi o prato com
água. No geral, segundo o biólogo, a situação da
escola em relação à dengue é boa. Grande parte dos
criadouros foram inviabilizados no momento da visita e os
alunos foram orientados quanto à disposição dos
recipientes.
As
equipes aproveitaram a oportunidade para avaliar e
orientar em relação aos abrigos de outros animais, como
escorpiões e roedores. "Os problemas diagnosticados
são poucos, simples de solucionar e só dependem de uma
melhor organização", diz Ovando.
O biólogo
informa que esta é a segunda ação de prevenção à
dengue na escola este ano. Em fevereiro, antes da chegada
dos alunos, os médicos da EsPCEx foram orientados para
estarem atentos aos sintomas da dengue e identificarem e
encaminharem casos suspeitos para o Centro de Saúde (CS)
Eulina que é referência para a escola.
Parceria.
A médica veterinária Tosca de Lucca, da Visa Norte,
informa que o trabalho em parceria com a EsPCEx foi
iniciado há três anos e, desde lá, equipes da
Secretaria de Saúde têm abordado com os alunos, além da
dengue, vários outros temas, entre eles febre maculosa e
outras doenças transmitidas por carrapatos, leptospirose.
"A idéia é que os cadetes reproduzam estas informações
na própria escola e, depois, nas suas comunidades de
origem em todas as regiões do Brasil", diz Tosca.
Nesta
quinta-feira, além dos trabalhos na EsPCEx, a Prefeitura
também promoveu arrastão contra a dengue na área do
Centro de Saúde (CS) Tancredão, Região Sudoeste. Amanhã,
dia 15, as ações ocorrem na área do CS São Vicente,
Região Sul.
Os
sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no
corpo e dor atrás dos olhos. A pessoa com a doença também
pode apresentar dor nas juntas e manchas vermelhas na
pele. Ao manifestar algum destes sinais, o cidadão deve
procurar o Centro de Saúde, evitar medicamentos à base
da ácido acetilsalicílico, como aspirina, AAS, melhoral,
entre outros, e ingerir líquido em abundância.
Desde
janeiro deste ano, em Campinas, foram registrados 17 casos
de dengue. Do total, oito são referentes a pessoas que
contraíram a doença em outros municípios - chamados
casos importados -, seis são autóctones - contraídos em
Campinas – e três ainda estão em investigação. No
mesmo período do ano passado, a Vigilância em Saúde
havia confirmado 22 casos, dos quais seis eram autóctones.