Leptospirose pede atenção redobrada nesta época do ano

11/03/2013

Autor: -

A leptospirose pode ser uma doença letal, mata em 40% dos casos notificados. De acordo com a coordenadora do Programa de Zoonoses, Andrea von Zuben, da Departamento de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Saúde de Campinas, no verão, quando aumentam as chuvas, a probabilidade de contaminação é maior. Transmitida pela urina dos roedores, contaminadas com a bactéria leptospira, o período de maior incidência de casos tem início em novembro e segue até maio, com pico no mês de janeiro.

“Ambientes úmidos e quentes são propícios para a leptospira. A principal forma de contaminação é o contato com a urina, presente em esgotos e bueiros, que se mistura às águas das chuvas, enxurradas e lama de enchentes .A leptospira penetra no corpo através da pele, geralmente, se o indivíduo tiver algum tipo de lesão “, explica a médica veterinária.

Por isso a importância da prevenção e do tratamento rápido mediante suspeita. Febre alta, dores no corpo, dor de cabeça são alguns dos sintomas. “Embora seja sazonal, ocorre o ano todo, em lugares que possam ter roedores. A ratazana de esgoto e o rato de telhado são os maiores transmissores”, afirma.

Andrea explica que os sintomas são pouco precisos no início da contaminação e similares aos da febre maculosa e da dengue, até mesmo aos de uma gripe. Por isso é fundamental prestar atenção e procurar atendimento médico desde que surjam esses sinais.

São necessários exames de sangue para se chegar a um diagnóstico. Porém, pelo fato de os resultados serem demorados, é importante informar ao médico sobre os antecedentes epidemiológicos, ou seja, se houve contato de risco. “É a forma mais rápida e eficiente de detectar, por isso precisa avisar ao médico do histórico. O tratamento – à base de antibióticos - deve ser iniciado o mais cedo possível”, avisa.
Quando se agrava, a doença acomete principalmente os rins, levando à falência do órgão e à morte.

Volta ao índice de notícias